A filha de um dos maiores traficantes de Los Angeles, da noite para o dia se viu na obrigação de se tornar uma pessoa fria e calculista para tomar a frente dos negócios do pai, que sumiu do mapa deixando apenas uma carta para trás. Tendo que deixar...
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Terminava de contornar em minha boca um batom vermelho, logo após ajeitando meu vestido preto.
- é impressão minha, ou seus peitos estão maiores? — Cassie perguntou analisando meus seios.
- que nada, só estão apertados no vestido — brinquei e nós rimos. Não queria que Cassie soubesse que estava grávida, no começo ninguém iria perceber.
Estava puta com a Billie, a duas semanas me enfiou em uma porra de galpão imundo, apanhei de seus capangas.
E por fim ainda duvidou da sua própria maternidade, é uma filha da puta mesmo.
- como estou? — deu uma voltinha.
- eu comeria — subia o zíper da minha bota enquanto Cassie ria e bebia a última dose de seu gin.
- quem não me comeria? Eu sou gostosa pra cacete.
- e eu como estou? — dei um volta, abaixando meu vestido.
- nada mal para 17 anos — seus olhos varreram meu corpo de cima a baixo.
- nisso eu concordo com você. Vamos? — me levantei pegando a minha bolsa e meu celular.
- vamos.
Cassie deixou a garrafa em cima da mesa e saímos de sua casa.
Após uma discussão intensa com o meu pai - o que não era novidade - resolvi passar o fim de semana fora. É lógico que sem permissão. Mas ele sabe que segunda feira, talvez, eu volte.
- eu não aguento mais andar de Uber, que saudade do meu carro! — reclamei enquanto procurava um motorista de aplicativo.
- por que você não pega de volta?
- por que eu não faço ideia de onde esteja a chave.
- onde mais poderia estar, se não fosse no escritório dele? — me desconcentrei do celular, erguendo meus olhos para a loira na minha frente.
- é... — enruguei o queixo concordando — você é a prova viva de que nem toda loira é burra.
- ah, vai se fuder.
Não demorou muito para o carro chegar e nos deixar próximo a festa.
Haviam muitos carros e motos em volta do local, obviamente não dava pra parar na porta.
