A filha de um dos maiores traficantes de Los Angeles, da noite para o dia se viu na obrigação de se tornar uma pessoa fria e calculista para tomar a frente dos negócios do pai, que sumiu do mapa deixando apenas uma carta para trás. Tendo que deixar...
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- o que eu vou fazer com você? — respondi a sua pergunta com uma risada sarcástica.
- sabe o que é isso aqui? — abri a caixa que recebi o vendo pôr a sua mão sobre o estômago com ânsia de vômito — é a cabeça do meu cachorro. E sabe onde isso estava?
- não senhora — negou rapidamente.
- na minha porta, dentro dessa caixa de presente — fechei a caixa, colocando em cima da mesa e Caio chegou pro lado, se afastando.
- isso é horrível — ele diz com desprezo.
- é... — concordei — agora me diz, quanto você recebeu pra deixar esse filho da puta entrar na minha casa — me inclinei sobre as alças da cadeira.
- o que... eu... senhora... — gaguejou.
- não, não — ergui a mão para que ele parasse — não gaste o seu latim. Você me diz quem foi e eu te dou uma passagem sem volta pro inferno. Simples — dei de ombros.
- mas não foi eu — negou, seu semblante em desespero.
- quem é o chefe da segurança? Ou melhor, era — me corrigi.
- e-eu — ele gaguejava, suas pernas e mãos tremiam. Ele estava prestes a morrer e sabia disso.
- acertou — estralei os dedos, apontando na sua direção.
- última chance — abri a lâmina do canivete o tirando o bolso.
- senhora... — ele chorava, suas mãos tremiam e suas pernas também.
Seu desespero era nítido mas não me comovia nem um pouco.
Dei alguns passos, agora estando atrás da cadeira em que ele estava sentado.
- você tem 5 segundos pra me dizer quem colocou essa caixa na minha porta — puxei sua cabeça para trás. Segurava em sua testa, encostando a lâmina na sua garganta.
- senhora... — ele se engasgava com o choro.
- 1...
- por favor...
- 2...
- não...
- 5. — pulei a contagem vendo seu consciente entrar mais ainda em desespero.
- senhora, O'Connell. Por Deus — ele implorou, suas mãos juntas, seu rosto estava completamente encharcado pelo choro e marcado pelo desespero.
- ele não vai te salvar agora — firmei e passei a lâmina pela garganta dele. Sua cabeça caiu mole para trás.
Ele ainda agonizava se batendo, enquanto se engasgava com o próprio sangue.
- você é sádica pra caralho — Caio sempre ficava horrorizado, apesar de sempre me ver fazer isso.
