𝑫𝑶𝑵'𝑻 𝑳𝑬𝑻 𝑮𝑶 2 - Newt {The Maze Runner}

ᏆͲ'Տ ՏͲᏆᏞᏞ ͲᎻᎬᎷ #11

Rastejo apressadamente na conduta, até chegar ao quarto. Preciso de lhes contar. Eu estava certa...

Só preciso que me dêem ouvidos, agora. É tudo o que peço. Não faço ideia do que se segue a seguir, mas sei que precisamos de sair deste siito, o mais depressa possível. Janson está prestes a ir ao nosso quarto e não posso deixar que isso aconteça. É por isso que tenho de ser rápida, mais uma vez não posso perder nem um segundo. O tempo é-me precioso.

Abro abruptamente a porta da conduta e saio desta.

- Claire! - alguém diz.

Estou demasiado desesperada e concentrada para me possibilitar ouvir alguém. Preciso de obstruir a porta, assim eles não vão puder entrar. Isso vai-nos dar algum tempo para fugirmos daqui.

Preciso de fazer isto. Já!

- Temos de ir. - digo, ao me dirigir à cama mais próxima que os meus olhos encontram. - Já!

- De que raio estás a falar? - Winston indaga, confuso.

- Como assim "Temos de ir"? - Newt repete, alarmado com a minha inquietação.

Desmancho a cama, pegando exclusivamente no colchão, exercendo toda a minha força para o levantar.

- Eles vêm aí. - O pânico na minha voz é evidente. - Vá, temos de ir!

Nenhum deles parecia estar a mover um dedo, sequer. Tenho de repetir a mesma frase inúmeras vezes para que entre nas suas cabeças?

Ao colocar já o colchão colado à porta, pego no lençol daquela cama e enrolo à volta da maçaneta.

- A Paige está viva. - alego, movimentado os meus braços com rapidez.

- Que se passa? - Minho rosna.

- Não há tempo para explicar tudo agora. - Digo apressadamente, a correr contra o tempo. - Precisamos de sair daqui, o mais depressa possivel. Confiem em mim!

Desesperada, certifico-me de que o lençol está fortemente preso à maçaneta.

- Claire! Acalmas-te e falas connosco? - Newt grita para me fazer ouvi-lo.

Acho que não prestaram atenção da primeira vez.

- Ela está viva. - repito novamente, enfatizando as respetivas palavras.

- Quem? - Fry pergunta, arqueando a sua sobrancelha. - A Teresa?

Agora que penso nela, nem sequer sei se está viva. Felizmente, não a vi naquela sala com os outros, por isso, deduzo que esteja a salvo.

- A Ava.

- Ava? - Newt repete. - Podes te virar e falar connosco?

Estou demasiado ocupada a certificar-me de que não entram neste compartimento, Newttie.

- É o W.C.K.D! - grito para que me oiçam e parem de me fazer demasiadas perguntas. Viro-me para o mesmo para que o olhe de relance nos seus olhos, para que eu continue a atar melhor o lençol. - Ainda é o W.C.K.D. - paro o que estou a fazer, virando-me completamente para a sua silhueta. - Sempre foi o W.C.K.D.

Deslizo o colchão para obstruir a porta, quando me detenho para respirar por um segundo.

- Claire. - Newt descansa a sua mão no meu ombro. - O que é que viste?

Estamos demasiado perto um do outro, agora. Está preocupado e fui eu que o meti nesse estado. Sei que não consigo explicar-lhe tudo, por isso limito-me a pressionar os meus lábios contra a sua testa.

- Explico depois - garanto, apoiando as minhas mãos no seu rosto. - agora temos de ir.

*

Abro a conduta que nos levara para fora do quarto. Certifico-me de que não há sequer um guarda por perto, em seguida, dou sinal para que possam sair de dentro desta.

- Vamos. - digo com a minha voz a estremecer e com o coração aos saltos.

- Vão vocês. - Aris comunica, detendo-se. - Tenho de fazer algo.

Paro quando me começo a mover.

- Estás a falar de quê? - Indago com o cenho franzido.

- Confiem em mim, é importante. - começa por dizer. - Querem sair daqui, certo? Então, vão.
Antes mesmo de eu poder responder-lhe, entra novamente na conduta, desaparecendo em seguida.

- Eu vou com ele. - Winston detém-me, em seguida pondo-se de cócoras, de modo a facilitar a entrada na conduta, seguindo o rapaz.

Assinto com a cabeça, não tendo mais tempo para pensar, muito menos hesitar.

- Está bem, Winston, vai! - apresso-me a dizer. - Vamos! - determino aos demais atrás de mim.

- Tens a certeza de que podemos confiar nele? - Minho indaga, ofegante.

- Estaríamos perdidos sem ele. - declaro.

Surpreendentemente, ao virarmos o corredor, deparamo-nos com a Doutora que cuidara de Teresa, no primeiro dia.

Esta olha-nos com um ar espantado e baralhado, ao mesmo tempo.
Talvez até tenha sido eficaz, termo-nos esbarrado. Pode-me levar a Teresa.
Assustou-se com a nossa chegada. Tanto que tem as mãos ligeiramente erguidas, como se estivesse com receio de que a vamos magoar.
Limitamo-nos a fita-la, não sabendo o que fazer a seguir desta interação.

-O que vocês, jovens, andam a fazer aqui fora? - questiona com um ar desconfiado, estampado no seu rosto.

O alarme dispara, indicando de que nos escapulimos do quarto em que estávamos presos.
A doutora parece ligar dois mais dois ao analisar a situação, ao mesmo tempo que olha para os nossos rostos ofegantes, fazendo inclinar a sua cabeça com a certeza que lhe é inserida com a circunstância em que nos encontramos.