ᏔᎻᎪͲ Ꭺ ՏᎷᎬᏞᏞ #2

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Antes mesmo de poder acrescentar algo, a porta, onde nos estava a manter aqui fechados, abre-se.
Um homem alto com uma estatura um pouco duvidosa, aparece.

- Estão bem, pessoal? - profere, seguido de uma aproximação nossa. - Desculpem aquela barafunda toda. Sofremos um pequeno ataque.

"Pequeno", diz ele.

- Quem é o senhor? - Indago, já diante de si.

Seria este o tal "Janson"?

- Sou a razão para ainda estarem todos vivos. - retorque, não respondendo concretamente à minha pergunta. Esboça um sorriso, ligeiramente, forçado. - Tenciono manter-vos assim. Venham comigo. Vamos tratar de vocês.

Assim que anuncia, desaparece mesmo à nossa frente, com a intenção de irmos atrás dele.
Ainda baralhada como todos os outros, ficamos alguns segundos parados, questionando-nos se deveríamos ou não segui-lo.

Que opção temos?

*


- Podem tratar-me por Sr. Janson. - começa por apresentar-se. - Eu dirijo este sítio.

Começa por nos fazer uma visita guiada do local, atravessando por vários lugares interessantes e estranhos ao meu olho.

- Para nós, é um abrigo dos horrores do mundo exterior. - acrescenta. - Devem encará-lo como uma estação intermédia. Uma espécie de casa entre casas. - articula com as mãos. - Tenham cuidado. - determina, apontando para algo em cima de nós enquanto o seguimos.
Estão a fazer construções neste sitio, ao que parece.

- Isso quer dizer que nos vão levar a casa? - indago.

Olha para mim antes de avançar, ainda com aquele seu sorriso forçado que não me engana.

- Uma espécie de casa. - retorque, por fim. - Infelizmente, não restará muito do sítio de onde vieram.

O que ele quer dizer com isso?

- Mas temos um lugar para vocês.- continua. - Um refúgio, fora da Scorch, onde o W.C.K.D nunca mais vos encontrará. Que tal vos parece?

Não respondemos, limitamo-nos a ficar calados, ainda a absorver a informação que nos está a abonar.

- Porque nos está a ajudar? - Minho questiona.

- Digamos que o mundo exterior está numa situação precária. - O homem alega. - Estamos todos presos por um fio muito fininho. O facto de poderem sobreviver o vírus faz de vocês a maior esperança de sobrevivência duradoura da humanidade. Infelizmente, também faz de vocês um alvo, como certamente já repararam. Atrás desta porta está o começo das vossas novas vidas. - Diz, estando agora, em frente a uma porta. Tira do seu bolso um cartão, utilizando-o como código de acesso para abrir esta. Um grande corredor iluminado aparece atrás de si. - Antes de mais, vamos tratar desse cheiro.

*

Já estava com saudades de um bom banho.
Não me lembro qual foi a última vez que tomei um, devido à minha falta de memória, mas desde que pus os pés na claireira, que não tomo.

A água percorre todo o meu corpo, como se fossem gotas a cair rapidamente. Sinto o meu corpo a ficar limpo, pela primeira vez desde que saí do labirinto. A sensação é ótima e necessária. A única vez que eu toquei em água foi com o aparecimento da chuva na claireira.

Puseram-me num balneário junto com a Teresa, para não ficar com os rapazes. O som de alegria da mesma cada vez que liga o seu chuveiro é hilariante.
O sangue a escorrer-me das feridas até se juntar com a água e ir parar ao ralo, tingido com uma cor rosa assim que se mistura com a água, deixando de se suceder uma cor vermelha.
O ardor é suportável, felizmente.

𝑫𝑶𝑵'𝑻 𝑳𝑬𝑻 𝑮𝑶 2 - Newt {The Maze Runner} Onde histórias criam vida. Descubra agora