Deixo que Aris me indique o caminho novamente, até chegarmos ao nosso destino.
Abro a porta da conduta e com muito cuidado, sustentando-me pela borda desta, desço até sentir os meus pés no chão.
Aris, por sua vez, faz o mesmo. Cautelosamente, vejo se o local está livre, tendo assim, permissão para avançar com o plano.Assim que me deparo com a porta alvo, retiro o cartão de acesso do bolso e insiro-o no dispositivo, até acender uma luz verde com as seguintes palavras: "ACESSO CONCEDIDO".
Ao abrir aquela porta, uma rajada de vento parece instalar-se naquele sitio, devido à abertura desta.
Mais uma vez, antes de entrar, procuro sinais de vida para além de mim e de Aris, mas nada. Está tudo sob controlo. Tudo conforme planeámos.
Assim que deixo os meus pés guiarem-me para dentro daquele sitio, a porta atrás de nós fecha-se, deixando-nos na escuridão, cobertos apenas por uma luz azul, que me lembra o mar. O lugar transmite uma certa obscuridade e ambiguidade.
Inúmeras batas ao nosso lado, com uma pequena janela no meio delas, fazem-me arrepiar. Aproximo-me e nem sequer consigo acreditar no que os meus olhos observam.
Pequenas cápsulas em que nelas contêm pequenos Grievers, como se estivessem a formar-se. Ainda no seu estado inicial em que dormem num sono profundo, por ainda não estarem totalmente finalizados.
Mas, nada disto faz sentido. Pensei que fosse o W.C.K.D que realizava este tipo de coisas, ao soltar estes bichos assassinos para os labirintos. A não ser que...
Não, é impossível. Eles estão mortos, eu vi com os meus próprios olhos. Testemunhei a sua morte.
É melhor parar de olhar para estes monstros, ou então vou começar a refletir sobre coisas que são, de facto, impossíveis.Dirigimo-nos à porta à nossa frente, que se abre automaticamente, e avançamos ao depararmo-nos com vários seres humanos inconscientes, ligados por vários tubos inseridos na sua carne e um aparelho dentro da sua boca.
- Mas que raio? - digo com voz baixa, ao analisar um grande número de pessoas ligadas àquelas máquinas. O meu corpo ficou estático e, lá no fundo, queria voltar atrás no tempo e nunca ter visto isto.
Aris caminha ao meu lado, assim que damos pequenos passos de cada vez, para examinar melhor o sítio.
Estas pessoas são-me familiares.
Meu deus...
São todas as pessoas que Janson chamara até agora. Cada vez que entra na cantina, pega em vários adolescentes e enfia-os aqui dentro. Eu sabia que algo neste lugar não batia certo. O que eu mais desejava era estar errada.
Todos eles têm tubos ligados às suas mentes, como se alguém as estivesse a ler, ou talvez estudar.
Estão seguros por um cabo que prende o colete em que estão a usar, para se manterem em pé.
Não acho que estejam mortos, na verdade, o que é um bom sinal. Deduzo que devem estar apenas inconscientes. Devem tê-los adormecido com algo, para que nao acordem, até um certo tempo. Pelo menos, é isso que eu espero...Deixo que os meus olhos vagueiem pelas máquinas ligadas nestes. Têm um máquina ao seu lado que parece estar a recolher um líquido de dentro dos mesmos.
Isto é demasiado bizarro.
Expiro todo o ar que eu parecia estar a conter dentro de mim. Engulo em seco, ao imaginar todo o tipo de coisas horríveis que devem ter feito com estas pessoas, até finalmente serem trazidas aqui dentro.
Inusitadamente, os meus olhos são postos numa miúda de cabelos pretos. Seria a Teresa...?
Já não a vejo desde que nos deram os quartos.- Teresa? - digo mais para mim do que para ela. É evidente de que não me iria responder. Nem sequer deve estar a ouvir.
Aproximo-me da sua figura inconsciente e cruzo os dedos para que não seja ela. Quem quer que seja, tem o rosto coberto de fios cabelo.
Já perante si, afasto-lhe as madeichas da sua face e um alívio percorre-me o corpo. Não é Teresa.
- É a Rachel. - Aris aparece ao meu lado.
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𝑫𝑶𝑵'𝑻 𝑳𝑬𝑻 𝑮𝑶 2 - Newt {The Maze Runner}
AcciónDepois de terem escapado das garras do W.C.K.D, uma nova aventura lhes espera. Pensavam que estavam seguros, mas enganaram-se e agora têm de lutar para sobreviver, mais uma vez. Pelo caminho, encontram vários infectados com o vírus, "Flare", algo qu...