Cicatrizes da memória

3 3 0
                                    

Maldita, por que voltaste das cinzas,
por que me fizeste sofrer sem fim?
Te dei chances, sete mil, quem diria,
mas nada de explicações, apenas um eco em mim.

Agora voltas, como um fantasma a assombrar,
mas te deixarei ir, sem olhar para trás,
da minha memória, serei a guardiã,
teu peso é um fardo, não mais minha paz.

Não foi totalmente ruim te conhecer,
foi como um encontro com a morte e a dor,
um ácido sulfúrico jogado em minha pele,
misturado a água fervente, um profundo clamor.

Desfarei as lembranças, em pedaços ao vento,
serei livre das correntes que me prendiam a ti,
pois cicatrizes fazem parte do meu crescimento,
e nesse renascer, sou eu quem irá existir.

Cicatrizes e Flores: A Jornada de Dor Amor e Renascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora