Labirintos de medo

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No muro amarelo da escola federal,
onde a luz parece se contorcer em sombras,
sinto o peso do passado, um eco cruel
de um lugar que nunca foi abrigo, apenas prisão.

Cada rachadura, um grito em silêncio,
um pânico que se agarra à minha garganta,
um labirinto de memórias, onde o medo se esconde,
cada esquina uma armadilha, cada passo, uma sentença.

As paredes se aproximam, me aprisionam,
meu coração dispara, um tambor de terror,
o aço exposto é a ferida que nunca cicatriza,
um monumento à dor que não se apaga.

Caminho pelos corredores vazios,
mas os fantasmas sussurram meu nome,
eles dançam nas sombras, me observam,
sinto seu olhar, um peso que não me deixa em paz.

O muro amarelo é um espelho distorcido,
reflete não apenas o que eu vejo,
mas o que eu temo, o que eu fujo,
um lugar onde a esperança se esconde,
onde eu nunca quero pisar novamente.

Os ecos das risadas se transformam em gritos,
as vozes se tornam serpentes venenosas,
cada lembrança é uma faca cortante,
me arrastando de volta a esse labirinto.

Não quero ouvir falar, não quero lembrar,
meus pés hesitam, mas a mente grita:
“Volte, volte para o horror.”
Mas o que foi abrigo agora é um cemitério,
um peso eterno, uma prisão sem chave.

Cicatrizes e Flores: A Jornada de Dor Amor e Renascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora