Veneno doentio

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No silêncio da alma, um grito abafado,
Coração aprisionado, amor disfarçado,
A dependência tece suas cordas mesquinhas,
Numa teia de ansiedades e promessas daninhas.

Esse amor, em sua máscara, é um tormento,
Consome os sentidos, acende o lamento,
E na ruína da alma, prazer se confunde,
Com o veneno sutil que ao destino se imune.

É miragem distorcida, verdade contida,
Um eco de promessas, mas a essência é ferida,
E no fundo, seja sonho ou ilusão cruel,
O fado que nos guia é um amor doentio e infiel.

Assim amamos e padecemos, numa espiral letal,
Sentindo a dor que se arrasta, um ciclo tão banal,
Na dualidade do ser, amor em transição,
Teu poder é desmantelar, quebrar a razão.

Cavalos de metal na velocidade frenética,
A paixão se transforma em arte de uma tragédia,
Na curva do desejo, um abismo profundo,
Um amor tóxico e podre, onde não há mais mundo.

Cuidado, amor, pois na pressa da obsessão,
A linha entre vida e morte é pura ilusão.
E nessa adrenalina, a verdade se expõe:
Esse veneno que chamam de amor não é amor,
É dor que corrói, uma sombra que consome.

Cicatrizes e Flores: A Jornada de Dor Amor e Renascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora