Ressaca da morte

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No copo embaçado, ecos de risos,
Lágrimas amargas misturam-se ao vinho,
Sangue nas paredes, vestígios de um crime,
A sombra de um amor, um lamento divino.

Caminho entre os destroços da minha sanidade,
Bebendo a dor que nunca se apaga,
No torpor da noite, a mente ensanguentada,
Um lamento sussurrante, a vida que se apaga.

Os sorrisos são máscaras, grotescas e frias,
Como espectros dançando na luz da lua,
Na ressaca da morte, o passado se agita,
Um banquete de sombras, onde a esperança é nua.

Ergam os copos, brindemos ao fim,
Ao amor que consome, à vida que foi,
Em cada gole, a vida esvai,
E na escuridão, a saudade é o troféu que eu sou.

Que o dia nunca chegue, que a noite persista,
Pois na penumbra, a dor é um abrigo,
E no fim, na ressaca, eu vejo o perigo,
Morrendo em cada gole, afogando o que insista.

Cicatrizes e Flores: A Jornada de Dor Amor e Renascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora