Canto das ilusões

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Numa bolha de ilusões, você se empoleira,
Enrolada em dramas de uma peça eterna,
Cada queixa é um grito ensaiado,
Um ciclo de tristeza que você adora encenar, como um rolo de fita desgastada.

Você pediu distância, mas quem se importa?
Agora vem me interrogar, como se eu fosse sua sombra,
"Por que não estou aqui, como antes?"
Ah, a mesma história de sempre, uma nova encenação.

Você joga o peso do seu fardo em mim,
Quer que eu carregue suas brigas, como se fosse sua marionete.
Desculpe, mas não sou burro de carga para suas desgraças,
Estou tão farta das minhas, por que carregaria as suas?

É você quem se afunda em suas próprias aflições,
Não sou sua muleta, nem seu suporte constante.
Cansada de ser sua tábua de salvação,
Enquanto você se afasta, me transformando em seu peso morto.

Seus lamentos? Velhos e desgastantes,
Um eco repetido que não cessa,
Cansada das suas mentiras, da farsa da vítima,
Enquanto você se esquece em sua autopiedade,
Uma cena de terror em looping.

Desperte, querida, e olhe além do seu pequeno mundo,
A realidade é dura, e eu joguei na sua cara,
A vida é vasta, e estou cansada do seu drama,
Saia desse universo de futilidades, encontre sua própria jornada,
Ou continue a dançar na sua dança macabra.

Cortar laços não é errado, mesmo que familiares,
Amigos tóxicos que só trazem tristeza e pesares,
Liberar-se é um ato de amor-próprio e sanidade,
E eu estou pronta para dançar livre,
Na nova realidade, onde suas sombras não me alcançam mais.

Cicatrizes e Flores: A Jornada de Dor Amor e Renascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora