A poesia do juízo

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Num templo onde ecoa o louvor, prometem amor universal,
Mas só se você não for do "tipo" que desagrada ao ritual.
Aqui, o respeito é tão profundo quanto um pires,
E o amor é mais raso que as promessas de um político em crise.

"Vamos abraçar todos!" gritam, mas na hora H,
A ironia se transforma em tutor e, com risos, há.
Atiram pedras disfarçadas de palavras,
E zombam de quem se atreve a desafiar suas lavras.

Faltam-lhes olhos para enxergar a empatia,
E o amor ao próximo é só uma frase vazia.
Celebram a diferença com um sorriso disfarçado,
Mas criam prisões com barras de "aqui não pode, é proibido, está marcado!"

O conforto da fé é como um cobertor furado,
Aquece e sufoca, deixando o espírito maltratado.
A verdade das crenças? Essa se perdeu,
Num espaço que só sabe excluir, acenar e dar tchauzinho ao céu.

Não é preciso sofrer para encontrar um caminho;
Para crer ou duvidar, você não precisa de carinho.
Cada um tem o direito de ser quem quiser,
Mas o amor se torna um jogo de poker, onde o vencedor é só você.

Que os olhares não sejam prisões, mas um carnaval,
De aceitação e verdade, sem essa orquestra ritual.
Pois o Deus que prega respeito e amor
Deve ser a fonte de humanidade, ou, no mínimo, um humor.

Que a fé não seja muleta, mas sim um levante,
Um convite ao diálogo, um ato mais constante.
Se o amor é a resposta, que não seja em vão,
E que a humanidade floresça, além da condenação.

Cicatrizes e Flores: A Jornada de Dor Amor e Renascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora