Capítulo 15

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Oi gente linda, como vocês estão?
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Depois do momento intenso no banheiro, eu e Billie saímos de lá tentando não chamar atenção. Ela ainda tinha aquele sorriso satisfeito no rosto, como se soubesse exatamente o efeito que causava em mim. Caminhamos de volta à sala da festa, que continuava cheia, com a música alta e as pessoas dançando animadas. Mas eu não conseguia focar em nada além do que tinha acontecido há poucos minutos.

Voltamos a caminhar para a área onde estavam Tomás e Adrian, que nos chamaram para nos sentarmos em uma mesa. Billie puxou uma cadeira ao meu lado e, mesmo que estivéssemos cercados por amigos, era difícil para mim tirar o foco dela, especialmente sabendo que ela estava tão perto.

Enquanto as conversas iam rolando, senti a mão de Billie deslizar sob a mesa e apertar minha coxa de leve, num gesto casual que só eu podia perceber. O toque dela me arrepiou, e, mesmo tentando disfarçar, eu acabei soltando um suspiro contido.

Tomás, que estava do outro lado da mesa, nos observava, notando algo estranho no ar, mas sem entender direito o que era. Então, ele se levantou e estendeu a mão para mim.

— Haze, vem dançar comigo — ele sugeriu, sorrindo como sempre.

Eu tentei responder com naturalidade, mas a pressão da mão de Billie em minha coxa me deixava nervosa. Senti o coração disparar, e acabei gaguejando, ainda sentindo o toque dela ali.

— Ah… eu, hum… não… acho que prefiro ficar aqui mesmo, Tomás — balbuciei, lançando um olhar rápido para Billie.

Tomás franziu o cenho, claramente confuso, mas deu de ombros e se afastou, voltando a dançar sozinho. Adrian, por outro lado, parecia desconfiado e lançou um olhar divertido para mim, mas não disse nada.

Assim que eles se distraíram, Billie soltou minha coxa, e eu soltei um suspiro de alívio misturado com uma certa frustração. Virei para ela, um sorrisinho malicioso no rosto.

— Você sabe que está sendo impossível de lidar, né? — provoquei, cruzando os braços.

Ela deu de ombros, com uma expressão divertida.

— Eu só estou me divertindo. E, pelo jeito, você também.

Eu ri, balançando a cabeça, e voltamos a focar na festa por um tempo, conversando com os outros e tentando manter a naturalidade. No entanto, o tempo parecia correr mais devagar, e a ideia de voltar para casa com Billie só aumentava minha ansiedade.

Quando a noite já estava mais avançada e algumas pessoas começavam a ir embora, senti a mão de Billie tocar levemente meu ombro.

— Vamos? — ela sugeriu, com uma expressão que só eu conseguia entender o significado.

Concordei, pegando minha bolsa, e nos despedimos de todos, com Tomás e Adrian lançando olhares curiosos, mas sem fazerem perguntas.

Voltamos para o carro. Billie dirigia com uma expressão relaxada, como se a noite tivesse surtido o efeito que ela queria. E eu, ao lado dela, tentava disfarçar o sorriso, lembrando de cada detalhe, desde o olhar até o toque suave dela em meu corpo.

O caminho de volta foi marcado por uma conversa leve, e nós duas ríamos de qualquer bobagem. Entramos em casa. Billie jogou as chaves sobre a mesa, enquanto eu ia direto para a sala e me jogava no sofá, soltando um suspiro satisfeito.

Eu fiquei em silêncio por um momento, até que criei coragem para fazer a pergunta que estava passando pela minha cabeça desde o carro.

— Billie, hum… será que… — respirei fundo antes de continuar — você poderia dormir comigo hoje? Quer dizer, nada demais, é só… sabe, só dormir.

Ela me olhou, e pude ver a surpresa em seus olhos, seguida por um brilho de ternura. Billie balançou a cabeça, sorrindo, e se aproximou de onde eu estava sentada, estendendo a mão para me ajudar a levantar.

— Está com medo de dormir sozinha, Haze? — revirei os olhos enquanto ela sorria — Claro, Haze. Nada demais, apenas dormir, eu prometo — disse ela, em um tom brincalhão, que fez meu rosto esquentar, mas ao mesmo tempo me deixou mais à vontade.

Subimos juntas até meu quarto, e o clima era um misto de conforto. Eu vesti um pijama simples, tentando manter tudo o mais casual possível, enquanto Billie se acomodava ao meu lado na cama. Apaguei a luz, e o quarto mergulhou numa penumbra suave, iluminado apenas pela luz fraca da lua que entrava pela janela.

Billie passou um braço ao redor dos meus ombros, me puxando suavemente para perto dela, e não consegui resistir ao toque. Me acomodei ao lado dela, de forma que minha cabeça descansasse em seu ombro, e senti a respiração dela próxima ao meu rosto. Havia uma sensação de segurança naquele abraço, algo que eu não esperava, mas que parecia exatamente o que eu precisava.

— Sabe… — murmurei, com a voz baixa, como se estivesse compartilhando um segredo — eu pensei que você nunca ia topar isso.

Ela riu baixinho, o som suave e quase carinhoso.

— E por que não? Acho que você só precisava pedir — respondeu ela, com um tom divertido.

Ficamos em silêncio por um momento, e eu fechei os olhos, sentindo o calor do corpo dela ao meu lado. Minha respiração foi ficando mais lenta, e o cansaço da noite começou a me pegar. Estar ali, tão próxima a Billie, me fazia sentir algo que eu não sabia explicar, mas que de alguma forma preenchia um espaço que eu nem sabia que existia.

Antes de adormecer, senti a mão dela deslizar suavemente pelas minhas costas, num gesto protetor, quase inconsciente, como se quisesse garantir que eu estivesse bem. Sorri, deixando-me levar por aquela sensação e me permitindo, finalmente, relaxar.

— Boa noite, Bill — murmurei, com um suspiro satisfeito.

Ela apertou um pouco mais o abraço, e sua voz veio baixa e tranquila:

— Boa noite, anjo.

E ali, aninhada nos braços dela, deixei o sono me envolver, sentindo-me segura e estranhamente feliz.

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Uma pessoa que eu admiro muito e de quem já li todas as fanfics adicionou A BABÁ QUE EU ODEIO na lista de leitura dela. AAAAAAAAH SURTOOOS!

Desculpem a demora para atualizar, meus amores.

A BABÁ QUE EU ODEIO - B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora