O inferno é Rosa

Sentei... sem querer.

Saiam todos da minha frente, eu estou brava!

Dominando os corredores do campus da universidade de Konoha, eu caminhava ferozmente, tendo uma unidade de cão arrependido atrás de mim me seguindo com um odioso sorriso no rosto, e completamente ciente da minha raiva. Ao passar ao lado de um extintor de incêndio, eu contive os pensamentos de pegá-lo para esmagar a cabeça de Sasuke.

Tudo em mim parecia arder em raiva, como se eu pudesse fritar um pedaço de bacon apenas colocando-o sobre a minha pele. E enquanto isso, ele achava graça da situação.

- Para com isso, Sakura. Está exagerando - ele murmurou tentando me alcançar, porém, eu aumentava a velocidade dos passos para o próprio bem dele.

- Se está insatisfeito com o meu humor, fale comigo! - virei o pescoço para trás apenas para ele ver o quão brava eu estou.

- Eu estou falando.

- Eu não quero ouvir! - mostrei o dedo do meio para ele, caminhando ainda mais rápido do que antes.

Pode parecer que estou fazendo drama, mas é muito fácil julgar a atitude de uma mulher irritada sem saber da sua história. Sabe, cachorro nenhum morde sem que alguém roube o osso dele. No meu caso, eu tenho Sasuke Uchiha como namorado de mentira, então é como se eu tivesse que aturar um sapato apertado durante seis dias por semana.

Estou mais furiosa do que um bode em chamas.

- Será que você pode se acalmar para conversarmos? - ele agarrou o meu pulso gentilmente, finalmente conseguindo me parar.

- Não fale comigo como se eu fosse histérica - disse eu - E você sabe bem o que fez, então não fale comigo até que eu coma um bom balde de sorvete para que eu me acalme!

- O que? Eu não fiz nada demais - ele se defendeu, alargando ainda mais seu sorriso odioso.

Puxei meu pulso de volta, ignorando a voz que sussurrou no meu ouvido algo como "arranque os dedos dele com os dentes, irmã".

- Não se faça!

- Eu não estou me fazendo - retrucou ele, fingindo que não estava se fazendo.

Estreitei o olhar até seus lábios, que até então estavam repuxados num sorriso cheio de segundas intenções.

Sasuke, percebendo isso, tratou de desfazê-lo com rapidez, no entanto, eu não cederia tão facilmente, e não demorou até que os lábios dele voltassem a exibir a razão da minha irritação.

- MALDITO! - exclamei, voltando a caminhar pelo corredor como um bode em chamas.

- Você não acha que está exagerando? - Sasuke perguntou num tom branco, enquanto tentava me alcançar em passos apressados.

- Exagerando!? - virei-me abruptamente, quase dando de cara com os peitos suculentos de Sasuke. O tempo que demorei para subir meu olhar até seu rosto, foi o suficiente para que eu me recuperasse do baque - Eu disse que era pra você só concordar com o que eu iria dizer durante o almoço com aquela gentalha. Você só tinha uma missão!

- Sabe, você não pode exigir que eu fique calado enquanto você toma as rédeas de tudo.

- Eu sou o homem dessa relação, Sasuke Uchiha - bati no meu próprio peito, sorrindo com arrogância para esconder que o tapa havia doído - Eu tinha tudo sob controle, era só dançar conforme a música. Mas não, o menino frágil precisava ter o direito à fala, não é?

- Ainda acho que isso é exagero - ele retrucou com ceticismo, como se Sasuke não conseguisse enxergar a nossa situação naquela história toda - Eu não vejo nada de mau em eles quererem fazer uma festa na república para comemorar o nosso namoro. Não era para todos saberem?