Calmaria

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Uma fresta de luz incomoda insistia em adentrar o quarto completamente escuro naquela manhã. A chuva caia pesada do lado de fora, o frio tomava conta do ambiente e era domingo. O cenário perfeito para ficar na cama o dia inteiro, mas Agatha acordou incomodada com a claridade de qualquer forma. Uma pequena dor de cabeça se formava e o incomodo no meio de suas pernas devido a intensa noite que havia tido a fez grunhir de dor. Podia sentir o abraço possessivo de Rio ao redor de sua cintura e a respiração pesada da assistente nas suas costas.

Ela havia passado a noite inteira com Rio, seu corpo parecia marcado pelos toques da assistente, mas seu coração ainda estava na defensiva. Deveria ter ido embora, mesmo que fosse no meio da noite. Agora mesmo, deveria sair da cama rapidamente, afastar-se de todos aqueles sentimentos conflitantes e voltar à sua rotina de trabalho e distância emocional, mas ali ela estava, presa no abraço possessivo de Rio, tentando lidar com a bagunça que era sua mente. Já era perigoso o suficiente ter cedido as provocações da mulher, não precisava se envolver emocionalmente com ela. Se alguém no escritório descobrisse sua reputação estaria manchada.

Uma sócia majoritária dormindo com a assistente, mas que grande clichê.

Se virou para encarar a mulher adormecida. O cabelo bagunçado e a respiração relaxada davam em ar tranquilo a Rio, mas o sorriso arrogante que tanto irritava Agatha ainda estava ali. Ela passou os dedos levemente pela boca da assistente sentindo a textura, sua vontade era mergulhar naqueles lábios e não sair nunca mais.

— Não saia correndo novamente. — Rio murmurou entre os dedos de sua chefe.

— Eu deveria, mas não vou. — Ela respondeu com a voz ainda rouca, moveu seus dedos pelo rosto de Rio e afastou os fios de cabelo para encara-la. Rio não se mexeu, se aconchegando ainda mais em Agatha, sua perna envolvendo uma de suas coxas. — Você é sempre assim tão possessiva?

— Sou metade porto-riquenha. — Rio abriu os olhos lentamente, os orbes marrons finalmente se encontrando com as azuis de Agatha. — Tenho passe livre para ser possessiva.

Agatha não conseguiu conter uma risada rouca pela reação de Rio. Ela deslizou suas mãos pelas costas da jovem, trazendo seu corpo cada vez mais para perto. Sentiu a pele quente da outra através da camisa fina.

— Estou começando a gostar disso. — Disse com a voz sussurrada, próximo ao pescoço sensível de sua assistente. — Você é possessiva e muito tagarela.

— Apenas qualidades ao meu ver. — Rio inclinou-se dando início a um beijo lento e apaixonante.

Enquanto os lábios unidos em um beijo, Agatha deslizou sua mão pelo rosto de Rio, os dedos deslizando pelas maçãs do rosto da jovem como um toque gentil. O gosto doce da boca de sua assistente a convidava a aprofundar o contato, enquanto a língua de Rio encontrava a sua em uma dança lenta.

Agatha mordeu de leve o lábio inferior de Rio, puxando-o levemente. Suas mãos continuaram a acariciar a pele exposta das costas da jovem, enquanto o beijo se aprofundava ainda mais.

Rio subiu em cima de Agatha, cada centímetro de seu corpo pressionando o da mulher contra a cama. Afastou as pernas da mulher sem quebrar o beijo e levou a mão direita até seu sexo, pressionando o clitóris em movimentos circulares com seus dedos.

— Passe o dia comigo. — Suplicou a assistente entre os beijos.

— Rio... — Agatha gemeu na boca da mulher. — Isso é jogo sujo, até para você.

— Eu sei, — Rio intensificou os movimentos arrancando mais gemidos de sua chefe — passe o dia comigo de qualquer forma.

Agatha arqueou as costas conforme Rio intensificava seus toques, os dedos habilidosos dançando pela pele sensível entre suas pernas. Cada movimentação provocava ondas de prazer que percorriam o corpo da mulher, fazendo-a gemer entre beijos. 

Querida Agatha • AgatharioOnde histórias criam vida. Descubra agora