Dia 3

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Aquele dia era para ser mais um em nossa típica semana de verão

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Aquele dia era para ser mais um em nossa típica semana de verão. A casa estava lotada e alegre, cheia de risos e sons das meninas jogando vôlei na beira da piscina, totalmente relaxadas e – quem eu quero enganar? – completamente bêbadas. Os gritos de Katrina, Flávia, Júlia, Kendall, Kylie, Lorrane e Khloé ressoavam pelo jardim, enquanto eu e Rebeca, namorada de Katrina, observávamos com uma mistura de diversão e apreensão.

Tudo corria normalmente até que um homem de terno e com expressão séria entrou no jardim e se dirigiu a mim. Meu estômago deu um nó. Eu conhecia aquela expressão. Um oficial de justiça nunca traz boas notícias.

Ele anunciou, com sua voz monótona e protocolar, que trazia uma intimação para Katrina, acusando-a de assédio sexual. Meu coração acelerou, meu primeiro impulso foi de pura descrença. Katrina? Isso não fazia o menor sentido. Congelei, mas rapidamente me recompus, e num reflexo de proteção, chamei Kim. Minha filha mais velha tinha a experiência e o conhecimento jurídico para lidar com isso. Eu sabia que ela manteria a cabeça fria e saberia o que fazer.

Kim leu o documento com uma expressão séria, o rosto sem traço algum de emoção. Ela era, além de empresária, modelo e socialite, uma advogada treinada e eficiente, e naquele momento, era exatamente isso que precisávamos.

— Kim, você precisa falar com Katrina — sussurrei.

Ela assentiu e, com calma, caminhou até o grupo de mulheres perto da piscina. Katrina veio até nós, rindo, mas a expressão em nossos rostos apagou seu sorriso imediatamente.

— O que está acontecendo? — perguntou, confusa, enquanto olhava entre nós.

Kim entregou-lhe a intimação sem rodeios.

— Katrina, você está sendo processada por assédio sexual por uma ex-funcionária — disse Kim, num tom calmo, mas firme.

Katrina arregalou os olhos, a confusão se transformando em raiva.

— Isso é um absurdo! Eu jamais faria uma coisa dessas! — exclamou, sua voz já elevada e cheia de indignação.

Kim respirou fundo, a voz ainda controlada.

— Vamos para o escritório. Precisamos entender tudo e planejar o que fazer a seguir.

Katrina, ainda processando o choque, nos seguiu até o escritório da casa. Ela estava nervosa, quase trêmula. Assim que nos acomodamos, Kim assumiu a liderança, profissional e fria, do jeito que sempre fazia quando a situação exigia.

— Preciso que você me conte absolutamente tudo — começou Kim, pegando um bloco de notas e olhando fixamente para Katrina. — Quem é essa mulher? Qual foi o contato que vocês tiveram?

Katrina balançou a cabeça, ainda furiosa.

— O nome dela é Emily Walker. Ela foi minha assistente por um curto período… mas as interações foram mínimas. Eu a demiti, mas nunca houve nada disso — disse, franzindo a testa, como se tentando se lembrar de detalhes.

𝐋𝐔𝐙, 𝐅𝐀𝐌𝐀 𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑 | 𝑹𝑬𝑩𝑬𝑪𝑨 𝑨𝑵𝑫𝑹𝑨𝑫𝑬Onde histórias criam vida. Descubra agora