24 - Vias turvas

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"Eu vou te enviar
De joelhos orando
Com meu nome
Rolando na sua língua"

No Mercy ~ Austin Giorgio


Lexia Innocenti

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Lexia Innocenti

Às oito da noite recebo uma ligação de Jay, dizendo que tinha captado uma movimentação suspeita em uma das nossas avenidas inutilizadas, e que estavam reunindo o pessoal para ir ver o que estava acontecendo. É por isso que eu estava acelerando minha moto até o limite para chegar logo no local, para ver que merda estava acontecendo.

Essas avenidas inutilizadas são completamente abandonadas, e ninguém - absolutamente ninguém - além das pessoas do mais alto nível da Innocenti, sabem da existência delas.

O que leva minha mente a trabalhar mais rápido que minha moto a todo vapor.

A noite envolvia a avenida abandonada na Sicília em um manto de escuridão profunda, apenas ocasionalmente quebrado pela tênue luz das estrelas e do farol da minha moto. O asfalto, marcado pelo tempo e pelo desuso, refletia a palidez da lua cheia. Ao longo da avenida, sombras dançavam entre edifícios abandonados, cujas janelas pareciam olhos vazios testemunhando os vestígios do que um dia foi movimento. O silêncio era quebrado apenas pelo sussurro do vento, que soprava entre os escombros e as fachadas desgastadas.

De repente, um rugido metálico irrompeu o silêncio, ecoando como um trovão distante. No meio da avenida, desligo minha moto e desço tirando o capacete, e vejo quando um grande caminhão avançava pela avenida, suas luzes ofuscando minha visão. O veículo, robusto e imponente, parecia deslocado naquela paisagem esquecida.

Subitamente, de becos escuros emergiram vários carros pretos. Homens armados até os dentes, rostos envolvidos em sombras, avançaram em direção ao caminhão, e eu também, sacando minha arma da cintura.

O caminhão continuou sua jornada, os faróis iluminando a decadência ao redor. Então, no ápice da avenida, a sinfonia de metal foi abruptamente interrompida quando eu comecei a atirar repetidamente nos pneus. Os homens da Innocenti cercaram o veículo. O caminhão derrapou no asfalto até parar de vez, seus pneus fazendo um barulho irritante.

Me aproximei, os soldados se afastando para que eu passasse e abri a porta do caminhão, puxando de lá o motorista que protestava, e o joguei no chão. Do outro lado, Jay tirava o homem que estava no banco do carona. Ao olhar para o topo do caminhão, vejo uma estatueta discreta de águia fincada no metal, fazendo meu sangue borbulhar.

O motorista solta uma risada e chuto com força seu corpo na região do abdômen e ele grunhe se encolhendo no chão.

- Calado! - Faço sinal para que um dos meus homens fiquem de olho no cara e caminho para a parte de trás do caminhão, afim de ver seu conteúdo. - Abram!

Set me on fire | Romance LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora