8 - Uísque e mágoas

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" Então me diga por que
Eu lido com seu lado ruim
Eu lido com sua mente perigosa
Mas nunca com você?"

Devil Side ~ Foxes

Devil Side ~ Foxes

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Luna Águila

Sou sacudida pelos ombros por Jennie, que fala comigo aos berros, assim como Antônio, mas não consigo me mover. Não consigo piscar, respirar ou falar. Tudo que consigo fazer é tremer de ódio olhando para os corpos.

Vadia desgraçada.

Antônio se aproxima de mim, tentando chamar minha atenção, mas meus olhos permanecem fixos na insígnia entalhada em minha porta. Jennie, com uma expressão preocupada, olha ao redor, avaliando a cena.

— Luna, temos que sair daqui agora. — Antônio finalmente consegue fazer com que eu desvie o olhar. Minha respiração está pesada, mas eu concordo com um aceno lento, enquanto sinto uma lágrima quente escorrer. — Ei, não chora. — Ele passa o polegar por minha bochecha, secando o rastro úmido. Sua voz carinhosa.

Levanto-me devagar, deixando um último olhar sobre a porta. Meu corpo tremia, minha garganta fechando, um soluço involuntário escapou. Eu começava a desabar aos poucos. Sinto braços finos mas fortes me enlaçando em um abraço cálido.

— Lunitta — Jennie fala em um suspiro. Eu soluço baixo — Calma, meu amor. Precisamos sair...

— Foi um aviso — eu sussurrei tremendo fortemente em seu abraço — Explodiu minha casa, mas só uma parte, ela sabia que tinha por onde fugir mas... Achei que ia acontecer tudo de novo — Eu chorava, e odiava isso. Quanto mais tentava parar, mais chorava.

Lágrimas de ódio, tristeza, medo.

— Luna... — me afastei de forma abrupta, secando grosseiramente meu rosto, correndo num ato impulsivo em direção ao carro de Antônio, indo abrir o porta-malas.

— Luna! Não! Não abra!— Antônio e Jennie corriam em minha direção, mas eu já fechava o porta-malas e dava a volta no carro, com o revólver na mão.

— O que vai fazer, Luna?! — berrou Jennie.

Abrindo a porta do motorista gritei:

— Vou atrás dela! — Quando estava prestes a entrar no carro, Antônio me empurra para longe com força e toma o revólver de mim.

— Você não vai fazer porra nenhuma! Se controla!

— Me controlar?! — gritei histérica — Me controlar?! Como que você quer que eu faça isso?! Hein?! Me diz!

Sinto Jennie me enlaçar por trás novamente, com mais força dessa vez, para me imobilizar.

— Para, Luna. Para. — A voz de Jennie era uma mistura de rigidez e carinho. — Vamos para um dos hotéis, ok? Antônio te leva, e eu resolvo isso aqui.

Set me on fire | Romance LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora