Capítulo 28: Escolhas

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~Dê play na música e comece a leitura ❤️~


Floriano Júnior


Quase deu merda com o Paraíba mas eu consegui espantar ele, o Yahto começou a falar uns bagulhos estranhos e todo mundo ficou assustado mas depois ele parecia não se lembrar de nada. O David e os outros ficaram olhando pro Yahto e ele estava com a mão na cabeça, nem parecia com a expressão que ele estava poucos minutos atrás.

-Como assim tu não lembra? - David disse.

-Eu não sei, David...parece que eu cochilei e só acordei agora. - ele disse olhando pras mãos.

-Não sei não, David...tem algo de errado com esse moleque....-eu ouvi uma voz dizer.

Eu olhei ao redor e não parecia ter ninguém perto para dizer aquilo, eu me voltei para as pessoas e o Yakecan estava especialmente assustado com aquilo, ele estava em uma posição defensiva perto do David e parecia estar com muito medo de seja lá o que estava acontecendo com o Yahto. Eu olhei meu celular e tinha várias mensagens e ligações do Beto Pinga e eu não podia deixar ele esperando mais ou podia dar ruim.

-Eu tenho que ir. - eu disse.

O David e os meninos me olharam e o David tomou a dianteira.

-Vão pra minha casa. Felipe acompanha os meninos lá na casa e leva o Sérgio junto, eu vou alcançar vocês rapidinho. - David disse.

Os rapazes foram indo embora e quando eles pegaram uma distância o David olhou pra mim e havia medo em seus olhos.

-Ele sabe, Flor...-David disse.

-O que?

-O Paraíba sabe sobre nós dois! - ele disse.

-Como ele pode saber?! Os únicos que sabem são os seus amigos,a sua mãe e a Karine! - eu disse.

-Tu me disse que esse cara sempre quis te ferrar...eu não sei o que ele tá armando mas tu não pode abaixar a guarda. - David disse.

-Eu não vou, fica tranquilo! - eu disse.

-Flor, não procura confusão com ele. Depois que a gente resolver isso do Yurupari vamos fugir! Vamo embora daqui antes que seja tarde! - David disse.

-Sim, nós vamos! - eu disse me aproximando dele.

Eu olhei nos olhos do David e tudo o que eu queria era beijá-lo ali mas no meio da rua não podíamos arriscar o nosso segredo, nosso amor era algo que só dizia respeito a nós dois e com o Paraíba nos rodeando não era pra gente dar brecha.

-Ele não pode me tocar, eu sou o sub dono do morro. O segundo em comando na Facção...se ele levantar a voz pra mim, ele vai pra vala! - eu disse olhando pro David.

-Tá....-David disse olhando pra mim.

-Agora eu vou lá, tenho que ir ver o que o Beto quer e rápido. Provavelmente vai ser algo sobre esse tal baile funk. - eu disse.

Eu peguei minha moto e segui até a base da facção onde o Beto provavelmente estava me esperando, enquanto eu me aproximava eu vi os caras já levando os equipamentos pro baile funk e alguns me cumprimentaram ao me ver passar de moto. Quando eu cheguei na base já tinha alguns homens estavam lá na frente e eu desci da moto ao chegar perto e os caras tavam me olhando estranho e eu achei aquilo meio suspeito e me aproximei da porta da casa onde ficava o antigo bunker do Fernandinho.

-Salve...-eu disse.

Ninguém me respondeu.

Eu entrei e fui direto para a casa, quando abri a porta da sala o Beto estava sentado lá com o Gilberto Paraíba ao lado dele sentado num sofá e os dois olharam pra mim, junto deles estavam alguns dos gerentes das bocas e da ilha e alguns outros homens fortes da facção.

O Amor é Como a MaréOnde histórias criam vida. Descubra agora