𝐏𝐄𝐑𝐃𝐀 𝐃𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀

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Amores, quero que vocês se preparem emocionalmente para esse imagine, porque acho que nunca fiz um imagine TÃO triste como esse.


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Era uma manhã comum quando a ligação que mudaria suas vidas chegou. Richard estava no quintal com Gael, seu filho de oito anos, jogando futebol, enquanto você preparava o almoço na cozinha, ouvindo as risadas alegres dos dois, que ecoavam pela casa como uma melodia reconfortante. Tudo parecia perfeito, até o telefone tocar. Você atendeu e, em questão de segundos, o mundo desmoronou ao ouvir o que o médico tinha a dizer.

A voz do médico era séria, cheia de compaixão, mas as palavras pareciam borrões distantes, como se uma parede invisível estivesse tentando te proteger da dor que vinha com cada sílaba.

"Temos os resultados dos exames... É uma condição rara... E o estágio já é avançado. Fizemos tudo o que podíamos... Eu sinto muito."

Essas frases foram o suficiente para fazer suas pernas tremerem. Você segurou o balcão para não cair e, enquanto a dor começava a tomar conta de você, sentiu as lágrimas quentes rolarem pelo rosto. Do lado de fora, a voz de Gael ainda ecoava. Ele estava rindo, sem saber da nuvem negra que acabava de cobrir a vida da família.

Richard notou o seu silêncio e entrou, com Gael seguindo atrás, curioso e sorridente. Mas o sorriso no rosto de Richard desapareceu ao ver seu olhar devastado. Ele se aproximou, preocupado, e perguntou suavemente:

"O que foi?"

As palavras ficaram presas na garganta. Como explicar algo assim? Como dizer a ele que o filho de vocês, o menino que ele amava mais do que qualquer coisa, estava doente de uma maneira irreversível? Você olhou para Gael, que estava parado ao lado do pai, observando com olhos curiosos e inocentes. As lágrimas continuavam escorrendo, e finalmente você conseguiu balbuciar:

"O Gael... Ele está... Doente."

Richard olhou para você, incrédulo, e depois para Gael, como se esperasse que aquilo fosse um sonho ruim do qual pudesse acordar. Ele segurou a mão do filho e apertou com força, em uma mistura de desespero e amor, como se aquele gesto pudesse protegê-lo de qualquer mal.


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Os dias seguintes foram como um borrão de dor e negação. Os médicos disseram que Gael estava em um estágio terminal de um câncer muito raro, e que o tempo com ele seria limitado. Vocês decidiram não contar a Gael, ao menos por enquanto. Ele ainda não demonstrava sinais visíveis, além de um leve cansaço de vez em quando, então queriam que ele aproveitasse a infância, sem o peso dessa verdade devastadora.

Mas, cada momento, cada risada, era como uma faca girando lentamente no coração de vocês. Ver Gael correndo pelo quintal, brincando com Richard e falando animadamente sobre as coisas que queria fazer quando crescesse era ao mesmo tempo lindo e insuportável. A cada abraço que ele dava, sentiam o peso do que estava por vir, e os sorrisos começaram a se misturar com lágrimas escondidas.


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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑Í𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora