George Russel⁶³ 🇬🇧

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-------------------- FLASHBACK ON-------------------

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-------------------- FLASHBACK ON-------------------

Os meses seguintes àquela primeira briga ainda ecoavam na mente de George Russell, como se o tempo tivesse esticado e comprimido ao mesmo tempo, sem qualquer lógica. Ele tentava se lembrar de quando as coisas começaram a mudar, de quando o calor dos primeiros dias com Diana se transformou em uma distância gélida, difícil de ignorar. 

Não eram as grandes discussões que os afastaram, mas os pequenos silêncios que se estendiam, as palavras não ditas e os olhares perdidos. O amor que antes parecia inabalável, agora parecia escoar entre seus dedos, sem que nenhum dos dois tivesse forças para impedir.

Ele ainda se lembrava de como as conversas fluíam naturalmente no início. Eles riam juntos nas madrugadas, trocavam piadas internas, falavam sobre o futuro com a confiança de quem acreditava que tudo era possível. 

Mas, com o tempo, as conversas se tornaram cada vez mais pontuais, como se ambos estivessem esperando que o outro falasse algo que nem eles mesmos sabiam o que era. George passava dias longe, viajando, e Diana se ocupava com sua própria vida, seus próprios compromissos. O telefone se tornou o intermediário das palavras, e a realidade de que a distância não era só física começou a se impor. A conexão, antes tão forte, foi se dissipando, como a névoa da manhã que se dissipa quando o sol se ergue.

Os pequenos gestos de carinho que antes existiam — a maneira como ele pegava sua mão ao atravessar a rua, os bilhetes inesperados, as mensagens dizendo "sinto sua falta" — foram desaparecendo gradualmente, substituídos por mensagens que começavam com um simples "Oi" e terminavam com um lacônico "Bom dia" ou "Boa noite". O telefone vibrava mais como um lembrete do que um convite para a conexão. Quando estavam juntos, as conversas começaram a ser sobre o trivial — sobre o trabalho, sobre a corrida, sobre a vida cotidiana. Qualquer coisa, exceto sobre o que realmente importava. 

Diana não fazia mais planos de vê-lo nas corridas. Não enviava mais aquelas mensagens carinhosas antes das provas, como fazia antes, e ele começava a perceber que ela não parecia mais se importar com o que acontecia com ele. Era como se ela tivesse se distanciado, emocionalmente, lentamente, até que um dia não restasse mais nada.

O pior, para George, era a solidão silenciosa que o preenchia. Ele ainda se levantava pela manhã com o desejo de ser o melhor, de conquistar vitórias, de provar a todos, inclusive a ela, que ele ainda era o cara que ela acreditava ser. Mas, no fundo, ele sabia que a verdadeira vitória — a única que realmente importava — não estava nas pistas, e sim ao lado dela.

E, então, ela começou a sumir de vez. Ela parou de aparecer nas arquibancadas, não estava mais nas celebrações pós-corrida, não mandava mais mensagens animadas quando ele vencia. O pior era que, quando ela estava ao telefone com ele, sua voz soava distante, como se ela estivesse falando com um estranho. Ele começou a se questionar: "Ela ainda me ama? Ou isso já acabou?"

𝐼𝑀𝐴𝐺𝐼𝑁𝐸𝑆 - 𝐃𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora