My Angel | Lumavi

01.

Pov's Mavi

Ser chefe de uma máfia nunca foi fácil, sempre soube que quando meu pai viria a falecer eu iria tomar seu lugar, então ele me ensinou ser quem eu sou hoje, o próprio diabo em carne e osso.

Nossa relação não era das melhores, mas ele sempre tentou de algum modo não ser igual ao seu pai. Digamos que meu avô não era uma pessoa tão boa com seus filhos, a obsessão dele era tão grande pela minha avó que não o deixar enxergar seus filhos.

Tenho muitos primos e primas espalhados pelo mundo, mas próximo são apenas alguns. Meu pai por sua vez tentou me manter perto dele e minha tia.

Rio de Janeiro

Estou no meu escritório em minha casa faz algumas horas, estou tão concentrado em resolver os problemas que minha máfia estava tendo que não percebi que meu braço direito estava batendo na porta.

- chefe? - Miguel meu braço direito bate na porta do meu escritório.

Eu e Miguel crescemos juntos, sua família sempre foi leal ao meu pai e agora a mim.

- Entre - Ele entra segurando uma pasta em suas mãos e eu continuo concentrado em meu trabalho.

- Chefe, aqui estão as informações sobre ela.

Paro tudo que estou fazendo concentrando apenas no que ele me mostra.

- Dei-me agora mesmo esses papéis Miguel - Falei e vejo uma sombra de um sorriso em seu rosto.

Sou um homem frio, tenho um temperamento forte, todos os homens da nossa família são assim, com essas personalidades. Meu pai me ensinou a ser um monstro o mais cruel, fazendo com que todos saibam o meu poder e que nunca tenham coragem de entrar no meu caminho.

- Sim chefe, aqui está.

Ele me passa a pasta com toda as informações que eu preciso saber sobre meu anjo, sim meu anjo, a única que faz com que meu monstro possessivo e obsessivo aflore com toda força. Lembro-me perfeitamente de quando a vi saindo daquela biblioteca.

Duas semanas antes...

- Encontramos eles senhor.

Informa um dos meus soldados.

A exatamente 2 anos venho procurando o assassino de meu pai.

- Já colocamos eles no galpão.

- Vamos.

Levanto da minha cadeira e vou em direção ao meu carro, tenho umas pessoas para torturar.

Chegando no galpão a primeira coisa que vejo é os dois na cadeira com os braços amarrados para trás.

- Hora hora o que temos aqui? - pergunto com a minha voz rouca.

- Senhor Mavi, acho que cometeram um engano.

João Paulo, um dos consigliere de meu pai, um dos traidores que levaram meu pai a morte, fala com a voz trêmula de pavor.

- É mesmo João Paulo, e como nós cometeríamos um erro desses? - Falo com cinismo.

Do outro lado está Victoria uma das minhas amantes a 3 anos, essa vadia descobrirá coisas da minha família e passava as informações para seu pai, para que ele executasse o seu plano perfeitamente.

Depois da morte do meu pai, ela iria colocar veneno em minha bebida para que eu morresse e não assumiria a máfia, sucessivamente a máfia seria passada para seu progenitor.

Vadia, devia ter a matado antes.

- Amor, eu juro que não tive nada a vê com isso - Fala com voz manhosa.

- Cala a boca Victoria - Grita seu pai.

- Bom, vamos pular todo esse teatro e irmos para a parte mais interessante - Falo com a voz sombria.

- Meu amor, não me mate, foi tudo um plano de meu pai - Grita ela, colocando a culpa toda em seu pai.

Uma vez traidora, sempre uma traidora.

- Como ousa me colocar como único culpado sua puta? - seu pai berra.

- Isso tudo é sua culpa! Eu já teria matado todos eles a muito tempo - ela joga seu veneno.

- Você é uma prostituta igual a sua mãe, se não fosse por mim, já estaria morta olhando para ela com desprezo - ele fala.

- Meu amor, me escute, eu falei aquilo da boca pra fora. Por favor...

- Já chega - Grito - Vamos começar, vocês ficaram de exemplo para toda a máfia, mostrarei para todos o que acontece com os traidor.

Horas depois, terminei de matar os dois da pior formar possível. Estava exausto, queria sair para beber e transar com uma vadia que me fizesse gozar até amanhecer.

Sempre tive um desejo insaciável, mas sempre foi apenas isso. Sexo. Nunca sentia absolutamente nada além de prazer.

- vamos para casa Miguel - Falei enquanto me retirava do galpão.

Dentro do carro olho a paisagem, até que o nosso carro para no semáforo, e tudo em minha volta fica em silêncio, e lá estava ela saindo da biblioteca com um livro em suas mãos a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida.

Ela sorria para uma senhora que estava na porta, aquele sorriso, aquele maldito sorriso, inocente e puro de uma pequena garota, um anjo, isso, o meu anjo.

Ela estava usando um vestido florido, rosa bem delicado, seu cabelo loiro estava preso em um coque bagunçado.

O meu monstro interior gritava para ir até ela, alcança-la e leva-la para nossa casa, mostrar pra ela que só tem um homem em sua vida que sou eu.

MINHA!

Ela estava conversando e sorrindo, eu queria que aquele sorriso fosse direcionado a mim, não consigo desviar meu olhar daquela mulher.

Não gostei de vê-la sorrindo para outra pessoa que não seja eu, a quero agora.

Então eu soube o que meu pai e meus tios sentiam por suas mulheres.

Possessividade e obsessão.

- Miguel? - Falo com a voz firme.

- Sim senhor? - Ele olha pelo retrovisor.

- Me traga informações sobre aquela garota - Falo apontando com a cabeça para o outro lado da rua.

- A moça do vestido florido, senhor? - pergunta em dúvida.

Olho para ele me perguntando se ele estava cego. Retorno meu olhar para ela e agora sei o motivo de sua dúvida.

A calçada estava cheia de gente, quando não dava para acompanhar os passos apressados das pessoas.

Agora eu sei que ela é para mim, como eu viria um ser tão pequena naquela multidão de gente.

- Essa mesma, Miguel. Quero saber tudo sobre ela.

Está na hora de você me conhecer pequeno anjo.
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Oi, gente! 😊 Estou super empolgada com essa história e espero que vocês também estejam! Não se esqueçam de voltar e comentar para o próximo capítulo. Vai ser incrível! 💫📖