My Angel | Lumavi

21.

Pov's Luma

Faz uma semana que tivemos nossa primeira briga, desde então vem sendo muito tranquilo, claro que do jeito menos dramático. Nós andamos fazendo amor a cada oportunidade que temos, e me vejo viciada nele.

Tentei fazer de tudo para Betina me perdoar, não era minha culpa, não tinha noção que Mavi faria algo com sua filha, e se o mesmo teria coragem de fazer tal coisa, agora sei o ele faria quando se referia a mim. Mas é claro não deu nada certo falar para ela. Agora estou sozinha novamente, os funcionários da casa não conversam comigo por medo do meu marido assassino.

- Anjo? - Mavi chega por trás de mim e sussurra no meu ouvido.

Me sinto derretida por ele a cada segundo, não consigo mais ficar um segundo sem ter ele por perto. Sinto que é errado, que eu estou ficando louca, eu deveria odiá-lo por ter batido em mim, por ter matado uma pessoa inocente, como posso querer o tempo todo uma pessoa como ele? Um mafioso e psicopata.

- Olá, Mavi - digo tentando não parecer abalada por sua presença máscula.

Ele está usando uma roupa social, só com sua blusa branca com a manga dobrada até o cotovelo, deixando ele muito sexy.

- Posso tomar café acompanhado da minha esposa? - diz ele dando um beijo e minha mão, olhando no fundo dos meus olhos.

Que homem Deus!

- Claro - digo ainda boba, mas tendo disfarçar o máximo.

Ele senta na cadeira do lado da minha e uma das funcionárias o serve. Estamos do lado de fora da casa, no jardim. Ele acena com a mão logo em seguida a mandando embora, ela apenas balança a cabeça e se retira.

- Anjo, irei viajar hoje ao anoitecer - diz ele simples.

Aquilo fez meu coração dar uma batida forte, não quero ficar sozinha, não quero ficar sem ele nessa casa enorme.

- Por que? - pergunto tentando ficar tranquila.

Mas confesso que estou curiosa para saber onde ele irá.

- Assuntos de trabalho meu bem, não precisa se preocupar. Estarei de volta em três dias - diz ele se aproximando e selando nossos lábios.

- Algo sério? - pergunto quando ele se afasta.

- Nada que precisa se preocupar - responde tranquilo.

- Tudo bem - falo um pouco nervosa.

Ele não percebe, ou fingiu que não. Continuamos tomando nosso café enquanto ele fala da sua família, o que me deixa ainda mais curiosa sobre ela. Então pergunto tudo que tenho direito.

- Então, isso de ser possessivo vem dos seus avós? - pergunto bebendo meu chá.

- Sim, meu vô é carioca e minha vó paulista, meu avô ficou louco quando a viu. Ela ainda era uma adolescente quando ele a reivindicou como dele - fala bebendo seu café concentrado em mim.

- Quantos anos eles tinham? - pergunto.

- Meu avô 27 anos na época e minha avó 16 anos. - ele fala.

- E às famílias aceitaram? Ele era muito velho para ela. - pergunto assustada.

Não tenho nada contra, mas como poderia uma família aceitar um homem com uma jovem? Com tanta diferença de idade. Isso me assusta.

- Ele era rico e a família da minha avó pobre, ele precisou só oferecer uma boa quantia por ela e tudo estva resolvido - ele fala como se tudo aquilo fosse normal.

- Ele a comprou como se fosse uma mercadoria ou algo qualquer, meu Deus como isso é errado - falo sentindo pena da avó de Mavi.

- Não veja por esse lado princesa, ele mudou sua vida, meu vô escolheu ela. E nada o faria mudar de ideia, ele mataria a família dela inteira se não aceitassem. - ele fala e toca minha perna me fazendo carinho.

- Imagino o quanto ela deve ter ficado assustada. Mal conhecia seu avô, e já descobriu que sua vida foi dada para ele - falo triste por ela.

- Não é como se ela pudesse fazer algo.

- E porque você me escolheu? foi por causa do esbarram que tivemos no baile? - pergunto curiosa.

Ele me olha e dá a um sorriso, e começa a me contar quando ele me viu pela primeira vez e soube que era eu a sua escolhida.

- Não poderia imaginar. - falo chocada.

- Claro que não, você sempre foi distraída, não iria me vê naquele carro. - fala e me puxa para seu colo beijando meus lábios com possessividade.

Ele me coloca em cima da mesa e abre minhas pernas e eu sorrio o recebendo de bom grado.

Dois dias depois...

Antes de Mavi ir viajar ele me deu de presente um celular, apenas com o seu número. Conversamos todos os dias, ele me liga a cada 10 minutos para saber como eu estava, ou se precisava de algo.

- Mavi, já te avisei que jantei - falo pela terceira vez.

- Então coma uma fruta, Luma. - ele fala.

- Eu estou cheia

- Quero você bem alimentada quando voltar - diz ele em um tom malicioso.

Fico vermelha de vergonha, apesar de estarmos casados a 5 meses ainda não consigo perder a minha timidez com ele.

- Mavi...

- Depois de tudo que já fizemos meu bem, ainda fica tímida? - diz ele brincando.

- Não quero falar sobre isso. Posso saber a onde você está?

- Estou chegando no hotel

Já são 22horas, ele sempre sai tarde de suas reuniões.

- Tudo bem, já irei dormir - falo me deitando na cama.

- Tudo bem anjo, chegarei amanhã provavelmente ao anoitecer - diz ele neutro.

- Tudo bem.

Conversamos por alguns minutos e acabo pegando no sono, Acordo não me sentindo muito bem, estou um pouco tonta mesmo deitada parece que tudo está girando.

Me levanto e vou ao banheiro fazer minhas necessidades. Passo o dia todo deitada no sofá assistindo filmes esperando Mavi chegar.

Fico por um tempo pensando em qual momento eu fiquei tão apegada a ele, não consigo ficar longe. Só de imaginar eu começo a querer ter uma grise de pânico, não chego a perceber que já anoiteceu.

Ouço o barulho da porta e me levanto do sofá. Vejo ele entrar vestido de social, ele me vê de pé e vem até mim.

- Senti sua falta anjo - ele fala selando nossos lábios com um beijo longo.

- Eu também senti a sua falta. - falo de olhos fechados apenas sentindo seu cheiro.

- Eu vou tomar banho e desço para ficarmos junto - diz se virando e indo para o andar de cima.

Meu celular começa a apitar alguns segundo depois, chegando algumas notificações. Acho estranho o único número que tinha era o de Mavi.

Vou até ele abrindo as mensagens de um número desconhecido. O que eu vejo naquelas mensagens faz eu perder meu chão, são fotos de Mavi com outra mulher entrando em um hotel, depois eles no quarto dormindo juntos. Percebo as datas nas fotos, são de 4 meses atrás, já estávamos casados.

Não é qualquer mulher, é a minha irmã!

- "Achou mesmo que ele estava em uma reunião irmãzinha".
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