Kim Yuna, uma jovem escritora de web comics de apenas 20 anos, nunca imaginou que sua inspiração viria do atendente de um mercado local, Jeon Jungkook. Depois de transformá-lo no protagonista de sua história "Seven Days", Yuna fica surpresa quando J...
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Eu observava a tela do celular após enviar a mensagem, sentindo a familiar excitação crescer dentro de mim. Algo sobre Kim Yuna mexia comigo de um jeito que eu ainda não conseguia explicar completamente. Ela era diferente. Não só porque havia criado aquele personagem baseado em mim, mas porque, de alguma forma, ela enxergava quem eu realmente era, mesmo que não tivesse ideia do que isso significava de verdade.
Passei os dedos pela tela, vendo nossas conversas anteriores. A provocação, o jogo, tudo parecia fluir naturalmente entre nós. Era como se, a cada palavra trocada, eu estivesse construindo uma ponte invisível entre o mundo que ela criava em sua arte e a realidade em que vivíamos. Talvez fosse isso que me atraía tanto: a ideia de ser ao mesmo tempo o objeto de sua criação e alguém que podia moldar a forma como ela me via.
Levantei do sofá, sentindo a necessidade de me mover. O apartamento estava silencioso, exceto pelo barulho distante da chuva lá fora. Olhei pela janela, as gotas caindo rapidamente sobre o vidro, lembrando-me da noite anterior, do toque dela, da tensão que pairava entre nós.
Eu sabia que a tinha deixado confusa, talvez até um pouco assustada. Mas havia algo nela, uma curiosidade não saciada, um desejo oculto que a fazia voltar para mim, mesmo que ela tentasse negar.
A verdade é que eu gostava desse poder sobre ela, desse jogo. Ela achava que tinha controle quando escrevia sobre mim, mas, na realidade, eu era quem estava ditando o ritmo agora.
Fui até o espelho no corredor e me olhei de relance. O piercing no lábio, as tatuagens que cobriam meus braços e parte do meu peito, o cabelo ligeiramente bagunçado. A imagem que ela tinha capturado tão perfeitamente em sua webcomic. Sorri de lado. Ela me tinha idealizado, mas agora era eu quem estava trazendo sua fantasia para a realidade.
O celular vibrou novamente. Era ela.
"Eu não sei o que você quer de mim."
Li a mensagem lentamente, absorvendo o que ela realmente significava. Kim Yuna estava começando a baixar as defesas. E era exatamente isso que eu queria. Porque, no fundo, por trás de todas as provocações, havia algo mais. Um desejo mútuo que ambos estávamos explorando, ainda que de maneiras diferentes.
Respondi rapidamente.
"Eu quero que você me veja de verdade, Yuna. Não só como Jiwon, mas como eu sou."
Enviei a mensagem e, em seguida, guardei o celular no bolso. Precisava vê-la. Precisava ver a expressão em seu rosto, a reação real dela ao que estava acontecendo entre nós. Esse jogo estava apenas começando, e eu estava ansioso para ver até onde ela estava disposta a ir.
Peguei meu casaco e saí do apartamento, a chuva batendo contra minha pele assim que pisei na calçada. O frio da água contrastava com o calor crescente dentro de mim. Era tarde, mas eu sabia que ela estaria acordada, provavelmente ainda presa em seus pensamentos sobre tudo o que tinha acontecido.
