Capítulo 10: "O Jogo da Tentação"

13 6 0
                                    

A tensão no ar era palpável enquanto eu observava Yuna lutar com seus próprios pensamentos. Ela continuava parada à minha frente, com o rosto ligeiramente inclinado, como se estivesse tentando absorver tudo o que eu havia dito. Eu podia ver que ela estava dividida, o conflito entre o desejo e o medo claramente refletido em seus olhos. Eu sabia que essa era a hora de deixar as coisas seguirem seu curso.

Ela não estava pronta para admitir em voz alta o que realmente queria, mas seus gestos, seu corpo, já haviam entregado muito. E eu não estava com pressa. Parte de mim gostava desse jogo sutil, da expectativa que se formava entre nós, da forma como ela parecia se entregar aos poucos, mesmo sem perceber.

— Eu vou embora agora, Yuna — disse, quebrando o silêncio, observando seu rosto. — Mas saiba que vou esperar. Você me conhece mais do que acha, e eu acho que você já sabe como isso vai terminar.

Eu me virei lentamente, sem dar a ela tempo de responder. Não havia necessidade de forçar as palavras agora; o momento já estava gravado. Saí do apartamento dela, e a porta fechou-se atrás de mim com um som suave, mas definitivo.

O frio da noite me atingiu quando pisei na rua. A chuva havia cessado, mas o ar ainda estava úmido, e eu puxei o capuz da minha jaqueta sobre a cabeça enquanto caminhava pelas ruas vazias. Não pude evitar um sorriso. Parte de mim estava excitada com tudo aquilo. Yuna era uma incógnita, alguém que eu ainda estava descobrindo, mas havia algo nela que me atraía como um ímã.

Quando cheguei em casa, joguei minha jaqueta no sofá e me joguei na cama. A imagem dela estava gravada na minha mente, cada expressão, cada hesitação, como um filme que eu estava assistindo repetidamente. Ela tinha esse efeito em mim, algo que eu não conseguia explicar. E, quanto mais ela resistia, mais eu queria quebrar essa barreira entre nós.

Peguei o celular do bolso e abri a galeria. Entre as fotos que tinha, encontrei uma que tirei no mercado — aquela em que estava sem camisa, com a cueca preta marcando, que mandei para ela. O sorriso provocador em meu rosto na foto refletia exatamente como me sentia naquela hora. Eu sabia que tinha plantado uma semente na mente dela, e agora só restava esperar.

Enviei uma mensagem curta, sem pensar muito:

“Espero que esteja pensando em mim tanto quanto eu estou pensando em você.”

Esperei alguns minutos, mas não recebi resposta. Era o que eu esperava; ela provavelmente estava tentando evitar a situação, assim como evitava os sentimentos que estava começando a nutrir por mim. Mas eu tinha paciência. Ela não iria resistir para sempre.

Deitei na cama, os olhos fixos no teto. Eu podia sentir a excitação de novo, a antecipação de como isso tudo iria se desenrolar. Havia algo delicioso na ideia de esperar, de assistir Yuna tentar manter o controle enquanto o perdia pouco a pouco.

Fechei os olhos, deixando minha mente vagar. Eu sabia que, em breve, ela cederia. Ela poderia tentar se esconder por trás de suas histórias e personagens, mas no final, não era Jung Jiwon quem a atraía. Era eu.

Eu rolei na cama, tentando apagar a excitação crescente que tomava conta de mim. O sorriso nos meus lábios era inevitável. Eu sabia que a mensagem que mandei ia mexer com Yuna, mesmo que ela não respondesse de imediato. Era só uma questão de tempo.

Lembrei-me da expressão dela quando nos encontramos naquela noite. Havia um misto de choque, desejo e confusão, como se ela estivesse tentando processar o que acontecia entre nós. Mas eu conseguia ver através da fachada que ela tentava manter. Ela estava intrigada, querendo mais, mas lutando contra isso. Era quase uma dança, e eu estava disposto a liderar.

Levantei-me da cama, ainda sentindo a energia do encontro. Caminhei até a janela do meu quarto e olhei para fora. As luzes da cidade brilhavam no horizonte, e uma leve neblina pairava no ar, tornando tudo mais silencioso, mais íntimo. O apartamento estava escuro, com apenas a luz do corredor iluminando parcialmente o ambiente. O silêncio era interrompido apenas pelo som ocasional de um carro passando.

Pensei em como tudo começou. Yuna, com sua timidez aparente, havia se tornado uma obsessão para mim de um jeito que eu não esperava. Quando encontrei aquele caderno com meus desenhos, senti uma mistura de surpresa e excitação. Saber que ela pensava em mim a ponto de me colocar como protagonista da sua história... Isso só alimentou ainda mais a curiosidade e o desejo de provocá-la.

Eu gostava de controlar a situação, de observar como ela reagia, como seus olhos ficavam grandes e sua respiração acelerava toda vez que eu a provocava. Era como se cada interação nos levasse mais fundo em um jogo que ambos estávamos jogando, mesmo que ela tentasse negar.

Com um suspiro, fechei a janela e voltei para a cama. Peguei o celular novamente, mas, antes de abrir qualquer aplicativo, ele vibrou em minha mão. Olhei para a tela, e lá estava: uma mensagem dela.

"Você não sai da minha cabeça, mas não sei se isso é bom."

Ri baixinho, satisfeito com a resposta. Ela estava cedendo, mesmo que tentasse resistir. Cada palavra que ela me mandava era uma confirmação de que estava sendo puxada para esse jogo, querendo mais, mas ao mesmo tempo, com medo do que poderia acontecer.

Respondi sem demora:

"Então pare de resistir. Você sabe que isso só vai ficar mais intenso."

Fiquei deitado, esperando uma resposta enquanto ouvia a chuva voltar a cair levemente lá fora. Minutos se passaram até que outra mensagem apareceu na tela.

"Talvez seja isso que me assusta."

Fechei os olhos, deixando as palavras dela ecoarem na minha mente. Ela estava com medo, e isso só tornava as coisas mais interessantes. Eu sabia que, de certa forma, o medo dela não era de mim, mas do que ela mesma estava sentindo. Era o medo de perder o controle, de se entregar ao que estava crescendo entre nós.

Respondi mais uma vez, mantendo o tom provocativo, mas com uma pitada de sinceridade:

"Não precisa ter medo. Só confie em mim."

Depois de enviar a mensagem, joguei o celular ao lado da cama e fechei os olhos. Eu podia imaginar o que estava se passando na cabeça dela, e isso me deixava ainda mais ansioso pelo que viria a seguir.

Eu estava pronto para tudo. E ela? Bem, logo saberíamos.

 E ela? Bem, logo saberíamos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
My Inspiration: Desejos Realizados ( Jungkook Imagine )Onde histórias criam vida. Descubra agora