Alyssa perdeu os pais cedo e se virou sozinha, focada nos estudos e na vida difícil. Rafe, um homem sombrio e possessivo, entra em sua vida de forma inesperada, e uma noite de paixão resulta em uma gravidez. Apesar da rejeição inicial de Rafe, ele s...
A tarde estava tranquila na mansão, a luz suave do sol filtrava pelas janelas enquanto Alyssa e Sarah conversavam calmamente na sala. Alyssa já estava com seis meses de gestação, e o tempo ao lado de Sarah estava sendo confortável. A amizade entre as duas tinha se fortalecido e, embora Alyssa ainda tivesse suas reservas sobre o que aconteceria entre ela e Rafe, ela sentia que ele estava tentando ser uma pessoa melhor.
De repente, a campainha tocou, interrompendo a conversa. Sarah se levantou para atender. Alyssa, distraída, continuou mexendo em seu celular, sem perceber a mulher que estava prestes a entrar.
Sarah voltou à sala, seguida por uma mulher ruiva, de cabelos ondulados e com um sorriso confiante. Ela parecia tranquila, mas havia algo desconcertante em sua presença. Alyssa a olhou, estranhando a visita.
— Posso ajudar? — Alyssa perguntou, tentando entender o motivo de a mulher estar ali.
A mulher se aproximou, sem rodeios. Ela olhou para Alyssa com uma expressão calma, quase fria, antes de falar.
— Você é a Alyssa, não é? — A mulher perguntou diretamente.
Alyssa assentiu, ainda sem entender a razão de sua visita.
— Eu sou Beatrice. Rafe me falou muito sobre você — a mulher disse, seu tom casual e seu sorriso levemente desdenhoso. — Ele me pediu para passar as últimas noites comigo. Disse que estava cansado de toda a bagunça com você, de todo esse drama com a gravidez e tudo mais. Ele precisava de um tempo para si.
Aquelas palavras cortaram Alyssa como uma lâmina. Ela sentiu o chão desaparecer sob seus pés. A dor tomou conta dela, e a sensação de traição e raiva a engoliu rapidamente. Rafe havia dito isso? Ele havia realmente procurado outra mulher? Ela não queria acreditar, mas a maneira como Beatrice falou com tanta confiança a fazia duvidar de tudo.
— O que você está insinuando? — Alyssa perguntou, sua voz tremendo com a mistura de emoções.
Beatrice deu um passo à frente, ignorando a raiva que estava claramente estampada no rosto de Alyssa.
— Nada. Só queria que você soubesse que, enquanto você estava em casa, ele estava comigo. Ele precisava de uma pausa, e eu estava lá para ele — Beatrice disse com indiferença.
As palavras dela ressoaram na cabeça de Alyssa, e uma sensação de náusea e desespero tomou conta de seu corpo. Sentindo-se fraca, ela se levantou rapidamente, mas sua visão turvou e ela quase caiu. A dor em sua barriga foi imediata, um desconforto profundo, e ela percebeu que estava sangrando.
— Alyssa? — Sarah se aproximou, preocupada. — Você está bem?
Alyssa tentou falar, mas a dor foi mais forte. Ela olhou para o chão, as mãos se apertando contra a barriga, tentando controlar o pânico. O sangramento não era bom. Algo estava errado.
— Sarah... eu preciso ir ao hospital — ela disse, a voz rouca e cheia de medo.
Sarah, sem perder tempo, ligou para Rafe, mas a ansiedade tomou conta dela enquanto tentava explicar o que estava acontecendo. Rafe estava em uma reunião importante, mas quando viu a ligação de Sarah, sua expressão mudou. Ele atendeu, ouvindo as palavras de Sarah, e seu coração parou.
— O que? Ela está sangrando? Eu estou indo agora! — Rafe praticamente gritou no telefone, já se levantando da mesa e saindo correndo de seu escritório.
Ele pegou o carro e dirigiu a toda velocidade para a mansão. Ele mal conseguia pensar direito, só conseguia sentir um nó apertado no peito, com medo do pior. Quando chegou à mansão, entrou sem sequer tocar a campainha. Ele correu para a sala e encontrou Alyssa pálida e trêmula, com Sarah ao lado dela, tentando confortá-la.
— Alyssa! — Ele correu até ela, pegando suas mãos e olhando para ela desesperado. — O que aconteceu? Você está bem? — ele perguntou, sua voz carregada de preocupação.
Alyssa o olhou, mas não respondeu de imediato. Ela sentia o medo tomando conta de seu corpo. Não conseguia pensar direito.
— Rafe, eu... — ela olhou para Sarah, tentando entender o que estava acontecendo. — Aquela mulher... ela disse que você estava com ela, que estava cansado de mim, que não aguentava mais o drama da gravidez... — as palavras saíram de sua boca, um misto de raiva e dor.
Rafe estava atônito, a expressão se transformando em uma mistura de choque e incredulidade. Ele não sabia quem era aquela mulher, mas o que ela tinha dito estava destruindo o pouco de confiança que ele estava começando a reconstruir.
— Alyssa, eu nunca estive com ninguém além de você! Essa mulher está mentindo! Eu te juro, não há ninguém além de nós. — Rafe tentou se aproximar mais dela, mas ela se afastou.
— Não sei o que pensar, Rafe... Eu não sei se posso acreditar em você! — Alyssa gritou, as lágrimas começando a cair.
Ela sentia o coração partido, e o sangramento só aumentava sua angústia. Rafe olhou para ela, impotente. Ele queria explicar, mas ela já estava tão magoada que não sabia como alcançar o coração dela.
— Alyssa, por favor... Vamos para o hospital agora. A gente resolve isso depois, mas agora eu preciso garantir que você e o bebê estão bem! — Rafe disse, a voz carregada de pânico.
Com a ajuda de Sarah, ele levou Alyssa até o carro, ainda desesperado. O hospital estava a alguns minutos de distância, e Rafe dirigia tão rápido quanto a segurança permitia. A cada segundo que passava, seu coração se apertava, e ele sentia o medo de perder Alyssa e o bebê.
Quando chegaram ao hospital, os médicos a atenderam rapidamente, tentando estabilizar a situação. Alyssa foi encaminhada para uma sala, e Rafe ficou do lado de fora, sentindo o peso da culpa e da preocupação esmagando-o. Ele não sabia como faria para provar a Alyssa que ela era a única mulher para ele, que ele nunca quis outra coisa senão a vida com ela.
Horas depois, um médico saiu da sala e se aproximou deles.
— A situação da Alyssa está estável agora. O sangramento foi causado por estresse e ansiedade. Ela precisará descansar e se recuperar, mas o bebê está bem. — O médico informou, e Rafe respirou aliviado, mas a dor em seu peito não desapareceu.
Quando finalmente foi permitido entrar, Rafe viu Alyssa, deitada na cama, com os olhos fechados, mas ainda assim, visivelmente em choque.
Ele se aproximou dela, pegando sua mão delicadamente.
— Eu sei que você está magoada, e eu não vou te pedir para me perdoar agora... mas eu preciso que você acredite em mim. Não importa o que aquela mulher disse, Alyssa, eu te amo. Só você... — Rafe sussurrou, mas ela não respondeu.
Ela apenas virou o rosto para o outro lado, tentando evitar olhar para ele. Ela não estava pronta para acreditar, e, naquele momento, ele sabia que a confiança dela estava mais quebrada do que nunca.
E, enquanto ela permanecia em silêncio, ele sentiu o peso da distância entre eles, maior do que jamais imaginara.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
