Capítulo 10

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Domingo de tarde, todos nós fomos para o hospital ver o senhor Shalom. Papai não estava bem, mas também não estava ruim. Eu fui a única que ficou mais tempo com ele.

Assim que o horário de visita acabou, fomos embora. Mamãe, Kenna, May e Gerada foram de taxi, em quanto eu e Kota fomos apé, pois no carro não havia mais espaço.

Caminhavamos pelas ruas movimentadas de Nova York, as padarias, lojas, fabricas já estavam se fechando. Mas uma confeitaria chamou minha atenção.

- Aonde você vai!? - Kota berrou quando eu atravessei a rua.

- Já volto! - berrei de volta pra ele, e o mesmo atravessou a rua também.

Andei ate a confeitaria, cujo o nome era Lena's Cake. Os bolos eram bem elegantes, sofisticados, extrovertidos, bem bonitos.

- Estão precisando de pessoa pra trabalhar! - meu irmão disse entregando-me um panfleto.

"Lena's Cake, irá inaugurar essa sexta, e precisamos de pessoas, que trabalhe das duas da tarde até as oito da noite".

O panfleto dizia. Bem, estou precisando mesmo de uma grana extra! Por que não? A lendo mais com meu pai nessa situação a familia ira precisar de mim trabalhando!

Dobrei o panfleto e guardei o mesmo no bolso. Voltamos o nosso caminho pra casa. Quando chegamos, já era mais de sete horas, ou seja, hora do toque de recolher.

Depois de um banho relaxante, contei a mamãe sobre trabalhar numa confeitaria e a mesma odiou, pois isso iria ocupar todo o meu tempo.

- Mae! Eu já tenho vinte anos! Já esta na hora de eu viver a minha vida! - suspirei, nao quero chegar numa briga com ela, mas se for o caso eu irei - Não posso ficar me dependendo só de você e do papai! Alias eu que tenho que ajudar vocês!

Estávamos na cozinha, May levou Gerad para o quarto, quando a mesma percebeu que o clima não estava bom entre mim e a mamãe.

- Quer saber, eu vou trabalhar! Já sou de maior! - falei virando as costas pra ela.

- America Singer! Não me faça eu ter que ligar para o seu pai e a convencer de estudar em vez de trabalhar!

- Vai em frente! Ligue para o papai! Ele vai dizer a mesma coisa! - dei as costas outras vez mas virei pra ela - "Caso ao contrário eu não peço mais nada pra você!" lembra dessa fala? - perguntei com um sorriso. Mamãe ia abrir a boca mas Kota foi mais rápido.

- America tem razão mamãe! Ela já tem idade! - falou do sofá.

- Esta bem! - bufou mas acabou se rendendo.

- Obrigada! - falei dando uma abraço nela.

- Já que vocês estão dizendo que são de maior, por que não vão procurar um apartamento ou uma kitnet pra morarem? - falou ao se soltar do meu abraço.

- Esta nos expulsando dona Magda? - falei fingindo estar ofendida. Mas eu ate que achei uma boa ideia! Ter seu próprio canto, não ser incomodado pelos irmãos ou seja lá que o esteja incomodando!

- Oras, você não estão dizendo que já são de maiores? - assentimos - Então!

No dia seguinte eu havia ficado um pouco a mais que o normal na escola, devido as aulas de violino, piano e canto. Depois se ser liberada, fui correndo ate o endereço que marcava no panfleto.

Bati quatro vezes na porta, já ia desistir, mas a mesma foi aberta por um jovem, surpreendendo-me na hora.

- Aspen? - perguntei.

- Oi America - sorriu.

- É... Vim por causa do panfleto - mostrei o pequeno papel rosado pra ele.

- Ah, sim! Entre - deu espaço pra mim poder entrar - Sente-se vou chamar a minha mãe - assenti e fiquei aguardando na sala.

A sala era que nem a de casa, só que mais elegante! No teto havia um grande lustre de cristal. Os sofás eram numa tonalidade clara, mesa de centro, TV e tudo que uma sala divina tem direitos.

- Você deve ser a America! - falou uma senhora que a julgo ter uns quarenta anos, assim como a mamãe.

- Sim, eu mesma - sorri.

- Sou Lena, mãe do rapaz que acabou de te atender, dona da confeitaria e a própria confeiteira de lá - sorriu.

- Prazer.

Conversamos mais um pouco, ela fez uma mini "entrevista" perguntando se já havia trabalhado nesse tipo de nogocio e afirmei.

Em Seattle eu trabalhava numa padaria, o que não é muito diferente. Quando comecei a trabalhar na padaria não foi muito fácil, pois a dona Magda ficava dizendo que isso ocuparia de mais o meu tempo. Por sorte eu tinha meu pai - e tenho ainda - Que a convenceu rapidinho.

- Nossa! Já são quatro da tarde? - falei olhando pra tela do meu celular - Tenho que ir, obrigada e ficarei esperando a resposta - falei me levantando do sofá.

- Pode ter certeza que você já esta contratada - Aspen falou com um sorriso lindo no rosto, sorri pra ele.

- Não quer tomar uma café da tarde conosco? - dona Lena perguntou e neguei.

- Vamos Meri, um cafezinho não vai matar ninguém! - falou.

- Meri? - perguntei rindo.

- É! Um apelido que acabei de te dar! Gostou?

- Sim, ultimamente todos estão inventando um apelido pra mim - sorri ao lembrar do "minha querida".

Mas que diabos estou pensando nisso agora?

- Mas aposto que o meu ninguém usou ainda né? - neguei.

Por fim eu aceitei o chefe da tarde. Conheci as gêmeas, Kamber e Celia. Elas eram agradáveis! Bem divertidas por sinal. O bolo de banana da senhora Lena era uma delicia, e tive vontade de repetir. Só não repeti porque a vergonha foi mais alta.

Terminando o café, Aspen me levou ate em casa, agradecimento a ele pela carona e sai do carro. Antes de entrar em casa, ele buzinou e acenei pra ele.

O céu estava escuro, dando incio a uma chuva bem grossa. Eu já estava com um pijama curto e estava assistindo Mulheres ao Ataque. Não sei por que, mas não fui com a cara da amante novinha. E a Cameron é foda! Nem sei o que dizer, os filmes que ela faz são simplesmente incríveis! - comédia.

- CONSEGUI! - o grito de Kota invadiu meus ouvidos fazendo com que eu derrubasse a bacia de pipoca.

- Conseguiu o que criatura!? - falei indo buscar uma vassoura e uma pá para catar as pipocas que UE derrubei por culpa do meu irmão - Bom que seje algo bom, por ter feito eu derrubar as minhas pipocas!

- Consegui um trabalho na Galeria da arte! E trabalhando lá eu posso mostrar o que eu sei fazer! - falou todo orgulhoso de si mesmo.

- Que bom! Agora vem me ajudar! - falei estendendo a pá.

- Poxa nem um parabéns? - falou pegando a pá.

- Parabéns! - revirei os olhos - Mas agora me ajudar com essa bagunça, se não a mamãe nos mata!

A semana se passou, contei a Marlee o que havia acontecido comigo aquela noite depois da festa - claro que omiti sobre o Maxon ter matado o homem. Vai saber do que essa loira doida é capaz não? - Marlee ficou bem chocada, e pediu desculpas e disse que da próxima vez a mesma não iria desgrudar dos meus pés. Celeste por outros lado, vivia irritada comigo, será que ela é sempre assim?

Papai ainda estava no hospital. Pois o mesmo estava em observação, devido a Valvopatia. Mas domingo ou segunda poderá retornar para casa.

Por fim eu havia conseguido o emprego na Lena's Cake. Aspen e eu nos tornamos grandes amigos desde aquele dia na casa de sua mãe, e estou bem feliz em ter feito um amigo.

Maxon sempre mandava mensagens fofas de preocupação pra mim. Mas o que eu não entendia, era por quê? Por que ele não aparecia mais? Sim, desde segunda feira ele não ficava mais em frente à faculdade me esperando pra tentar ver se eu aceitava as caronas. Confesso que senti saudades disso.

Sexta-feira, e hoje é o meu primeiro dia de trabalho, estou bem nervosa e bem animada

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