Capítulo 41

638 47 10
                                    

Escuto vozes mas não consigo escutar. Minha cabeça dói, dói como se eu levasse uma pedrada na cabeça. Com dificuldades e com várias piscadas, consigo abrir os olhos. Me virei, ficando de barriga pra cima, não estou conseguindo respirar direito e tento respirar pela boca.

Pareço estar em um tipo de barracão ou contêiner ou qualquer coisa retangular de metal. Estou parecendo uma bruxa para levantar, caio umas cinco vezes e apoio na parede quando eu finalmente consigo ficar de pé.

A porta de ferro foi aberta, me segando de imediato com a luz que vinha da mesma.

- Peguem ela! - um ordenou, apontando em minha direção.

Dois homens musculosos vieram como se estivessem marchando em minha direção. Eu não havia percebido que estava acorrentada, até um deles tirar a corrente de meu tornozelo direito.

- Vamos! - falou o homem da minha esquerda, curto e grosso.

Fui arrastada bruscamente contra a minha vontade.

- Seus bestas! - exclamou o homem que minutos atrás ordenou para que me pegasse - O que eu ensinei? Algemem ela seus idiotas!

Rapidamente o da direita, tirou a algema de seu bolso, pegou meus braços, o colocando-os para trás e me algemando em seguida.

Ao sair daquela caixa de metal, pude ver que só tem contêiner em volta e de imediato, pude lembrar da história dolorosa de Maxon, dele ter ficado dentro de um desses e terem o torturado.

Ah Maxon, como será que você está agora? Como ele está se reagindo perante tudo isso? Torço para que ele não esteja de cabeça quente ou se dragando. E que também, consigam rastrear algo que os levem até mim.

- Aqui!

Me jogaram contra o chão, me fazendo cair de barriga contra aquele cimento. Gemi de dor e me encolhi no chão.

- Levanta!

Aquela voz... Claro! É a voz dos telefonemas! Me levantaram e encarei aquela poltrona que está de Costa pra mim. Ao redor só via homens, e com toda certeza, não terei a mesma sorte que tive um tempo atrás.

- É, hoje em dia nós mesmo que temos que fazer o trabalho. - falou.

- O-o que vocês querem de mi-mim? - é a primeira frase que solto desde que eu acordei.

- O que queremos de você? - riu irônico e os seus capangas ao redor o acompanharam.

A pessoa virou a poltrona se revelando. Fico chocada ao ver que o dono da voz masculina é uma mulher. E essa mesma mulher eu já a vi antes. A vi num dia de racha, a mesma nos avisou sobre as polícias estar chegando ao local. Mas nesse dia, a voz dela era tão doce e agora está parecendo com a de um homem.

- Aparelho de voz. - disse ela com sua voz de antes mostrando o aparelho - Bem, por onde eu começo...

Um homem que está ao lado dela, sussurrou algo em seu ouvido e q mesma concordou.

- Essa é boa, mas acho que a nossa convidada nem sabe ainda o que queremos. - diz ela olhando pra mim com um sorriso cínico nos lábios.

- Por que você não conta pra mim de uma vez o que querem? - sugiro.

- Também, mas eu quero que você nos conte uma coisa.

- Depende.

- Garotinha difícil você, não? - dou de ombros - Você, no mínimo deve saber onde os Nortistas né? Poderia nos contar?

- Desculpe te desapontar mas... Não sei aonde fica. Eu raramente presto atenção no caminho.

O que é verdade, eu nunca presto atenção direito na estrada quando saio com alguém de carro! E lendo mais, eu dormi durante o caminho!

New Life | 1° Livro [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora