New Life | 1° Livro [Reescrevendo]

Capítulo 07

Maxon não respondeu minha pergunta, também não falei nada.

- O que você estava fazendo uma hora dessas na rua? - perguntou grosso e seco.

- Estava na casa do Carter, Marlee me convidou pra festa, mas quando eu ia ir embora eu não achei e nem quis procura-la - respondi encarando o chão do carro.

- Por que não pediu um taxi?

- Porque eu não tenho o numero do taxi.

Estava muito assustada, depois dessa eu nunca mais sairia de casa! Nunquinha! Bem, não de noite.

- Essa não é minha casa! - falei quando ele parou numa garagem de uma casa enorme.

- Não, não é. Essa é a minha casa - respondeu saindo do carro.

- Eu quero a minha casa! - reclamei.

- Esta tarde - falou caminhando ate a grande porta de madeira - E você tem que lavar esse cabelo!

- Não vou entrar - protestei.

- Você que sabe, se um beudo aparecer e te agarrar, depois nao diz que te avisei.

Olhei para tras e estava tudo escuro. Peguei os saltos dentro do carro e corri para dentro da casa.

A casa era enorme, gigante por dentro! - maior que a do Carter! - Quando entra, damos de cara com o hall da casa dele com uma escadaria enorme.

- Vamos, vou te mostrar um lugar pra você poder tomar um banho e dormir - assenti.

Já não foi confortável ficar com um assassino no mesmo carro, agora, já não está nada legal ficar com ele no mesmo local. Mas confesso que eu senti uma pitada de segurança.

Segui ele pela enorme escadarias. O corredor parecia que não tinha fim, o mesmo era iluminado por umas lâmpadas que ficava fixa nas paredes. As paredes era num tom claro, acho que era uma cor de areia. tinha varias portas enormes que julguei ser os quartos ou escritórios, algo do tipo.

- Você vai dormir aqui hoje - falou abrindo uma porta branca, revelando um quarto maior que o meu - Vou trazer uma troca de roupa e deixar em cima da sua cama.

- Esta bem - respondi baixinho e ele saiu me deixando a sós no quarto.

Meu cabelo cheirava mamão, e mamão pra mim, tem cheiro de vômito! Realmente eu preciso de uma banho.

Havia uma cama king size no meio do cômodo, dois criados do lado da cama, duas portas, que eu acho que é o banheiro e um closet e uma janela enorme com uma varanda.

Abri a primeira porta revelando o grande banheiro, uma bancada grande com uma pia, vaso, box e uma banheira - do que ele vive?

Despi-me e entrei no box. A água morna escorria sobre o meu cabelo e corpo, lavei meu cabelo com o shampoo de rosas que havia ali, e com o condicionador. Me sequei com a toalha que havia ali e enrolei a mesma em meu corpo.

Não tinha ninguém no quarto, mas como ele disse havia uma troca de roupa em cima da cama, uma camiseta e uma cueca. Não foi nada confortável vestir aquela roupa dele, mas é melhor do que nada.

Ficava virando pra lá e pra cá na cama, estava com sede e sem sono. Não conseguia dormir. Eu apenas estava querendo minha cama, minha casa. Queria esquecer tudo que havia acontecido hoje.

Resolvi levantar da cama, sai do quarto e o corredor ainda estava iluminado, só que com algumas lampadas acesa. Sei que é errado da minha parte ficar andando na casa dos outros a essa hora da madrugada, mas é que eu estou sem sono e ainda estou com sede.

Desço as escadas e caminho pela casa procurando uma cozinha. Atravessei a copa, que tinha uma mesa de oito lugares e finalmente cheguei na cozinha, que tinha uma senhora de costas pra mim.

- Eh... Tem água gelada? - perguntei e a senhora se virou.

- Tem sim. Você deve ser a senhorita America, certo? - assenti - O senhor Schreave falou que a senhorita estaria aqui. Sou a Jessica, vou pegar a água pra você.

Enquanto a Jessica foi pegar um copo de água para mim, fui ate o banco que fica de frente para o balcão e sentei no mesmo.

- Aqui esta - ela entregou o copo cheio pra mim.

- Obrigada - agradeci e tomei uns dois goles.

- Perdeu o sono minha jovem?

- Sim, não est... - caramba! O pessoal gosta de me interromper!

- Jessie, você tem uma tesoura? Eu não sei aonde enfiei a minha - ate ali ele não tinha percebido a minha presença.

- Aqui, Maxon - ela entregou a tesoura a ele.

- Obrig... - nossos olhares se encontraram.

E foi ai que vi que ele era bem bonito. Desde o dia da racha, eu nunca havia olhado pro rosto dele, não por mais de um segundo e toda vez que eu olhava ele sempre estava com óculos escuro. Mas agora não, ele estava com uma regata preta, que marcava bem seu peito, e uma calça cinza de moletom.

- America? - falou quebrando o clima.

- Oi - sorri.

- O que faz acordada as cinco da madrugada?

- Perdi o sono, mas já estou voltando - falei pulando do banco.

- Só deixa eu cortar esse fio aqui - falou cortando a linha preta da regata - Pronto!

- Hã?

- Nada, obrigado Jessie - desde quando ele é gentil com as pessoas?

- De nada senhor Schreave.

Subimos as escadas em silencio, eu evitava o máximo para não olhar pra ele. Parei em frente a porta do quarto onde eu estou hospedada e encarei.

Não quero dormir sozinha, mas também não queria pedir a ele pare que dormisse comigo. Pouco estranho eu pedir isso a ele? E ainda para uma pessoa que matou alguém? Tudo bem que ele estava me salvando, mas ele podia entrega-lo pra polícia não?

- Algum problema? - perguntou. Sua voz não estava frio, mas ainda estava sério.

- É... Não quero dormir sozinha - falei baixo, mas pude sentir meu rosto pegando fogo.

- O que disse?

- Não quero dormir sozinha - falei um pouco alto e agradeço mentalmente pelas luzes francas do corredor.

- Quer dormir no meu quarto? - assenti.

Caminhamos para o fim do corredor, ele abriu a porta revelando o quarto, os moveis eram escuros e havia três portas, duas julguei ser banheiro e closet e a outra eu não sei dizer o que é. O quarto não é tao diferente do qual eu estava hospedada.

- Se encostar um dedo em mim eu grito! - falei.

- Você não pode falar nada! Você que quis vir dormir aqui! - sorriu de lado.

Deitei do lado esquerdo daquela cama gigante, senti ele deitando atrás, mas não senti sua respiração perto de mim, então soube que ele estava de costas.

Não vou mentir que não gostei, pois eu ate gostei, mas isso era errado e não iria se repetir. Daqui a pouco eu iria acordar, ir embora e explicar o meu sumiço para a minha família.