Maxon demorou pra descer, então eu acabei almoçando ali mesmo. E que comida gostosa viu! O arroz de forno da Jessica é uma delícia!
Não tive sinal dos meus pais, também quem manda não botar o celular pra carregar antes de sair!
Daphne foi conosco me levar pra casa, claro que num carro maior, se não não iria caber todos. Não dei o endereço inteiro, porque eu não queria que ele ficasse sabendo aonde eu morava.
- Vai ficar aqui em Nova York por quanto tempo? - perguntei pra ela que estava do meu lado.
- Uma semana! Eu vim mais pra ver como a minha tia estar e depois eu volto para França - respondeu.
- Humm.
Mesmo não ter dado o endereço para Maxon, o mesmo havia parado em frente de casa. To pensando seriamente em mudar de casa!
- Como sabe que eu moro aqui? - perguntei não acreditando.
- Tenho meus meios - respondeu me olhando do banco da frente.
- Anda me espionando?
- Quer a verdade? - assenti - Sim.
Não falei nada, apenas agradeci pela carona, despedi-me da Daphne e sai do carro. Caminhei ate a porta de entrada, olhei para trás, mas eles já havia partido. Peguei as chaves no vaso de flor e destranquei a porta.
A casa estava um silencio total, mas fui enganada quando vi Kenna e Kota descendo as escadas apresados.
- Aonde você estava menina!? Estou tentando ligar pra você faz horas! - Kenna disse ao me abraçar.
- Desculpa, o celular acabou bateria, e como estava tarde, Marlee disse pra eu dormi na casa dela - menti - E o que você esta fazendo aqui?
- Esqueceu? Hoje é sábado! Eu disse que viria - Kenna respondeu.
- Cadê o James?
- Esta trabalhando mas daqui umas horinhas ele deve chegar.
- Mamãe descobriu sobre o papai! - Kota falou.
- Como?
- Ele teve dores no coração hoje cedo - falou - estão no hospital agora. May e Gerad estão lá em cima assistindo algum filme.
- O que estamos esperando? Vamos logo - falei já abrindo a porta.
- Não, mamãe pediu para ficarmos aqui! - Kenna disse. Bufei e fui me sentar no sofá.
É tudo culpa minha! É minha culpa meu pai estar no hospital. Só pesso uma coisa, pra que ele não morra! Não agora, e nem nunca
Os segundos, minutos, horas foram se passando e nada. James havia chegado com uma mala de roupa. Já fui ver meus irmãos no quarto, já troquei de roupa, já comi, estou no tédio assistindo TV e nada, NADA!- Vou por o celular pra carregar, já volto - falei.
- Você não colocou ainda!? - Kota perguntou e neguei com a cabeça.
- Vai logo Ames - Kenna disse e subi as escadas.
Adentrei em meu quarto e logo fui colocar o celular pra carregar, assim que o coloquei, liguei o mesmo e havia umas dez ligações de Kenna, umas sete de Kota e varias da mamãe. Também tinha uma mensagem da Marlee perguntando aonde eu estava e respondi que a mataria depois!
Ouço um barulho do carro parando na rua e desço correndo. A porta foi aberta, mas apenas a mamãe que entrou.
- Cadê o papai? - nos cinco perguntamos em coro.
- Não se preocupem que ele não morreu, mas esta internado no hospital - falou jogando a bolsa no sofá - E aonde a senhorita estava?
- Como estava tarde, Marlee achou melhor eu dormir na casa dela, e meu celular estava morto - menti.
- Pedisse o celular dela emprestado! - Magda falou.
- Eu ate pensei nessa possibilidade, mas eu não decorei ainda os números de vocês - menti, mas também não menti. Eu realmente não havia decorado os números do pessoal de casa e não havia pensado em ligar - Como esta o papai?
- Desde quando vocês sabem dessas dores do Shalom?
- Faz um tempinho - Kota e eu respondemos.
- E porque nunca me contaram?
- Papai disse pra não contar pra você - falei.
- O caso do pai de voces é Valvopatia.
- O que é valvo... Não sei o que? - May perguntou.
- Seu coração tem quatro válvulas que abrem e fecham para controlar o fluxo sanguíneo, as válvulas mitral, pulmonar, aórtica e tricúspide. - Kenna começou a dizer - Na valvopatia, uma das válvulas do coração está... Digamos que estragada. Dependendo da válvula que não estiver funcionando de forma apropriada, os sintomas podem ser: falta de ar, dor no peito, tontura, batimento irregular e por ai vai.
- Entendeu? - Kota perguntou pra May.
- Mais ou menos - a mesma respondeu.
O restante do dia foi bem chato. Gerad ficou brincando com a May no quintal, Kenna foi descansar um pouco, devido a gravidez, Kota saiu com James pela cidade e eu e minha mãe estamos lavando a cozinha.
Subi par o quarto, tomei um banho rápido, vesti meu pijama azul claro e fui deitar. Mas antes de eu pegar no sono o celular vibrou umas três ou cinco vezes. Peguei o mesmo e comecei abrir as mensagens.
*Como assim me matar?*.
*O que eu fiz?*.
Respondi na hora.
*Na escola eu conto ou quando você vier aqui ou sei lá*.
Abri as outras mensagens.
*Oi, é a Daphne. Peguei seu numero com o meu primo! Tudo bem?*.
Nao, não estava tudo bem! Como o primo dela conseguiu meu número?
*Oi, tudo bem*.
Abri as outras duas e me arrependi amargamente.
*Como você esta?*
*Dormi com os anjos "minha querida"*.
Não sei porquê, mas deixei sorriso escapar na hora de ler "querida" e fiquei feliz por ele se preocupar comigo!
*Estou bem*.
*Irei, não sou sua "querida"*.
Depois de responder as mensagens, peguei no sono. As únicas coisa que eu queria esquecer, era o homem querendo me estrupar e a Valvopatia do meu pai.
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New Life | 1° Livro [Reescrevendo]
Fiksi Penggemar#6 teenromance - 28/06/2018 #9 teenromance - 08/04/2019 America, uma mulher jovem, se muda com a sua família para a cidade de Nova York. Mudando para NYC, ela achou que teria a mesma vida que sempre teve, calma e tranquila. Mas a mesma estava engan...