Capítulo 30

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O grito de May interrompeu todos que estão ali na sala. Fui a primeira a se mover, pulei os degraus da escada de dois em dois.

- May!? - berrei - Aonde você esta?

Não obtive resposta. Então, comecei a procurar, abrindo todas as portas. May não estava em seu quarto, muito menos no banheiro.

- May? O que faz em meu quarto? - pergunto quando avisto ela parada no meio do cômodo - May? Eu estou falando com você.

- Qu-que-quem  é e-ele? - ela gaguejou apontando o dedo.

Merda! Como ele conseguiu ser visto? Maxon esta parado e encostado no batente da janela com um sorrisinho. De uns dias pra cá, ele anda muito risonho e é bonito de se admirar.

- Ah. Ele... ele é...

- Namorado - Maxon disse.

O que!? Namorado? Serio? Ele não podia inventar outra desculpa? Tipo... amigo?

- America! - disse minha mae chocada - Como você não nos contou que esta namorando?

- É... bem... eu...

Olhei pra ele em busca de ajuda. Olhei para ele com cara de "você começou, agora termine".

- Queriamos fazer surpresa senhora Magda - disse ele gentilmente.

Quando  eu contei o nome da minha família à ele? Não me recordo disso... Maxon esta muito atrevido.

- America, que rapaz gentil. Boa escolha minha filha - sussurrou em meu ouvido - Querido, ira ficar para a janta?

- Eu adoraria. Mas... - May o interrompeu.

- Isso! Fique, será legal.

- Tudo bem então. Eu ficarei para a janta senhora Magda.

- Senhora não. Assim você me deixa com cara de mais velha.

- Desculpe. Como gostaria de ser chamada? - perguntou ele se aproximando um pouco de nós.

Não estou gostando do Maxon tão gentil e com bons modos. Isso esta me irritando!

- Magda, sogra, sogrinha, sei lá. Qualquer coisa, menos senhora. Vem, vamos descer.

- Vão indo. Preciso conversar com o meu "namorado" - dei ênfase olhando para cara dele.

- Humm... primeira briga do casal... - disse Kota com ironia e dei língua pra ele.

Gerad não estava entendendo nada, então apenas saiu do quarto, sendo seguido por todos ali. Esperei eles saírem do meu campo de visão para fechar a porta. Depois que fechei a porta e tranquei - já que o povo daqui é muito curioso - me virei e Maxon esta centímetros de distancia do meu rosto.

- Namorados? Não podia ser amigos? - guardo o violino no closet.

- Se eu dissesse que somos amigos, sua mãe iria achar ruim e eu iria sair espancado. - falou sorrindo.

É, ele esta certo. Mas não entendo o por quê do sorriso.

- Por que esta sorrindo tanto?

- Sei lá, gostei desse lance de namorados - Maxon se sentou nos pés da cama - Mas eu acho muito meloso falar "namorados".

- É impressão minha, ou isso foi uma indireta pra mim? - cruzo os braços, encarando ele.

- Quer entender como? - devolveu a pergunta, me puxando para o seu colo.

- Não sei. Só não quero me arrepender no final.

- Não vai. Eu vou cuidar para que isso não aconteça - ele começou a distribuir beijos em mim.

New Life | 1° Livro [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora