Capítulo 11

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As aulas foram bem mais lentas do que imaginei. Não sei se é por causa que estou animada com o primeiro dia na confeitaria, ou porque a aula é chata mesmo. O sinal bate e acabo deixando um "ALELUIA" bem alto escapar pela minha boca.

- Senhorita Singer! - Silvia me olha - Minha aula não te agrada?

- Agrada sim - menti, mas quando ela queria realmente me agradava - É que estou animada com o novo serviço - falei eufórica.

- Claro, no que vai trabalhar mesmo? - perguntou e todos os alunos não se encontrava mais ali.

- Confeitaria. Na Lena's Cake - falei olhando pra porta e vi a Marlee - Estou atrasada! Preciso ir - ela assente e saio da quela sala.

- O que você aprontou? - Marlee perguntou curiosa.

- Nada, só falei aleluia bem alto quando o sinal bateu - respondi - Você vai na Lena's Cake né?

- Pela milésima vez, sim!

- OK, estou apenas nervosa por ser meu primeiro emprego aqui em Nova York.

- Eu sei, mas eu vou sim. Tenho que dar apoio pra minha ruiva né?

Depois daquela nossa conversa em casa, nos aproximamos bastante. Marlee é uma grande amiga. Tem um coração grande de ouro. E sabe nos alegrar na hora certa.

Saímos pelos portões de vidro do prédio. E pela minha tristeza ou felicidade, ele não estava ali outra vez. Deu um nó em meu coração ao pensar nele. Não sei por que.

Marlee me deu uma carona ate a confeitaria, nos despedimos e entrei pelas portas do fundo.

- Boa tarde - comprimentei as duas meninas que estavam ali.

- Boa tarde - responderam em coro.

Fui ate o meu armário, destranquei o mesmo, guardei minhas coisas, peguei o uniforme da confeitaria e tranqueira o armário. Adentrei numa salinha e troquei o uniforme da escola pelo da Lena's Cake. O uniforme da confeitaria são em três tons: vermelho, marrom e branco. A camisa branca com o nome da confeitaria bordado em vermelho no lado esquerdo e o avental marrom.

Estávamos nos fundos e Lena estava fazendo seu discurso de boas vindas e de bom trabalho.

Deu duas horas e a confeitaria foi inaugurada, varias pessoas foram na inauguração. Eu fiquei atrás dos balcões de doces e salgados.

Com o passar das horas, as pessoas foram diminuindo e avistei uma cabeleira loira de Marlee entrando.

- Ruiva! - falou ao se aproximar do balcão - Quero essa torta de maracujá.

- Claro - sorri. Peguei um pedaço de torta e coloquei no prato - Mais alguma coisa?

- Sim, e uma cappuccino - ela pegou o prato com a torta e foi se sentar numa das mesas.

Chamei a loira - nossa! Minha vida esta cheia de loiras! - Que trabalha na parte de fazer cappuccino e pedi para ela fazer um.

- Qual a primeira letra do nome dela...

- America, me chamo America. E a letra é "M".

- Obrigada America - sorri - Me chamo Anne.

Anne é uma moça simpática e gentil. Tem um belo corpo de modelo, seus cabelos loiros estavam amarrado em um rabo de cavalo bem alto. Ela com certeza daria uma ótima modelo, ate no jeito de andar se parece com uma!

- Aqui esta America - Anne me entregou a xícara de cappuccino com um desenho de um M.

Agradeci a Anne e levei o cappuccino para a mesa cinco, onde a loira conversava animadamente pelo celular.

- Aqui esta senhorita - Marlee fez uma careta, por eu tem a chamado de "senhorita".

Deu quatro horas da tarde, significando que é o meu horário de descanso. Saio pra fora para tomar um ar.

- Eu não quero você trabalhando aqui! - ouço a voz dele e sinto um beijo em meu pescoço.

- Ei! Por que fez isso? - digo passando a mão no local do beijo.

- Porque eu quis! - deu de ombros.

- O que faz aqui?

- É uma calçada pública! Mas eu não quero que trabalhe aqui, entendeu?

- Que pena, pois eu preciso de dinheiro e vou continuar trabalhando aqui! - falei não dando a mínima para a pergunta idiota dele.

- Se for por dinheiro, eu posso te ajudar!

- Não! Eu não quero a sua ajuda Maxon!

- Esta bem, mas eu quero te proteger.

- Não também! Você some, aparece do nada e depois me diz o que eu tenho que fazer? Me deixa garoto!

- Eu estou tentando te proteger! - falou elevando sua voz um pouco.

- Me proteger? Me proteger do que? Da confeitaria? Da Lena? DA minha familia? Dos meus amigos? De quem? - falei no mesmo tom que a voz dele.

- DO ASPEN! - berrou. Ele passou a mao em seu cabelo - Não quero você perto dele! - falou mais calmo.

- O que ele tem haver? Ele não vai me estrupar não!

- Ele não, mas os homens dele são capaz!

- Que homens? - pergunto sem paciência - Esquece! Aspen não é capaz de machucar ninguém e também eu não quero saber.

A verdade é que eu estou me corroendo de curiosidade sobre esses tal de "homens dele". O que Aspen é capaz de fazer? Ele não tem cara de que mata ou machuca alguém, tem? Não! Ele não é assim, não o Aspen que eu conheci.

- Quer me proteger!?

- Claro! - respirei fundo.

- Então me proteja de si mesmo! - dei as costas pra ele e comecei andar pra dentro da confeitaria, mas fui em pedida por um puxão. Só não cai porque os braços dele estava me segurando.

Nossos rostos estavam centímetros de distancia. Pude sentir as nossas respirações aceleradas, meus batimentos cardíaco estava bem mais acelerada que o normal, seu olhar brilhava e acredito que os meus também. Fiquei com vontade de beija-lo, mas não! Me contive.

- O que você quer? - perguntei ofegante e quebrando o clima.

- Mesmo que negue, eu irei te proteger!

- Já deu a minha hora. Tenho que ir - me soltei de seus braços fortes e voltei pra confeitaria. Mas antes eu ouvi um "ate logo minha querida" não pude evitar e sorri pra mim mesma,

Eu havia feito amizade com a Anne e com a Mary. Descobri que as duas são irmãs, porem Mary é a mais baixa e é a irmãzinha de Anne.

Depois de um certo tempo, Aspen entrou pela porta da frente, todo sorridente. Sera que esse sorriso tem algo haver com que Maxon me disse algumas horinhas atrás? Não, deve ser porque a confeitaria da mãe dele esta indo bem.

O dia foi bem cansativo. Trabalhar das duas da tarde ate as oito da noite é meio corrido. Mas, tudo bem. Não posso reclamar.

Deixei a confeitaria em exatamente, oito e dez. - devido a troca de roupa - No fundo da confeitaria, Maxon estava encostado no capô do carro, que ne. O primeiro dia que o vi em frente a faculdade. Que por sinal estava bem sexy! America! Você tem que parar de pensar nisso!

- Desta vez eu não aceito um "não" como resposta! - falou.

Por que não né? Esta tarde e um aproveitador pode muito bem aparecer! A final o mínimo que pode acontecer dentro daquele carro maravilhoso, seria: ele tentar me beijar, acontecer um acidente, ele tentar me matar - mas, acho que isso não iria acontecer. Se ele quisesse teria me matado naquela noite, e também já sobrevivi, posso muito bem sobreviver mais uma!

- Tudo bem - vi um sorriso se formar em seu rosto.

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