capítulo ⁵¹

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2023 08:58pm 22/03

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2023 08:58pm 22/03

Eu estava sentada à minha mesa, cercada pelo aroma de couro caro e cigarros. O bordel, meu reino de luxúria e segredos, pulsava vida lá fora, mas aqui dentro, no meu escritório, era silêncio.

Um silêncio cortado apenas pelo som frenético das minhas unhas batendo no teclado.

As câmeras de segurança da casa do meu querido inimigo, piscavam na tela, mas ainda não estavam completamente acessíveis.

Eu já tinha rompido três dos cinco firewalls que ele tinha erguido ao redor da rede. Ele achava que podia se esconder de mim. Que ilusão mais patética.

Enquanto eu digitava, uma notificação apitou no canto da tela. "Intrusão detectada." Um sorriso se formou em meus lábios.

- Tente me bloquear, amor. Vamos ver quem é mais rápido.

Meus dedos voavam no teclado. Cada linha de código que eu inseria era uma dança de precisão e controle.

Cada bloqueio que ele tentava impor, eu quebrava com mais ferocidade. Mas então, no meio da minha concentração, o telefone em cima da mesa tocou, seu som invadindo a sala como a porra de uma sirene.

Suspirei, ainda com os olhos na tela.

- Sim?.- passo a mão em meu cabelo.

Do outro lado da linha, ouvi o som inconfundível de um soluço.

- Madame...- A voz era delicada, quebrada, com um sotaque francês que imediatamente identifiquei como Élise, uma das minhas garotas menos experientes.

Me endireitei na cadeira.

A suavidade em minha voz desapareceu, substituída por uma autoridade fria.

- Élise? O que aconteceu?.- me endireito na cadeira.

- Eu... eu preciso de ajuda.- ela choramingou.

- Um cliente... Ele... Ele me machucou, Madame.- ela funga.

Meu maxilar se contraiu. O teclado foi esquecido.

- Onde você está agora?.

- No quarto... no corredor dos fundos. Ele já foi embora, mas... eu não... - A voz dela se partiu em soluços.

- Ouça-me. Saia do quarto agora. Venha para a minha sala. Você está segura aqui, entendeu?.- algo se ascencendeu dentro de mim, ódio.

- Sim, Madame.

Desliguei o telefone e respirei fundo, tentando controlar a fúria que crescia dentro de mim.

Ninguém machucava minhas garotas. Ninguém. Peguei o telefone novamente e disquei o número do meu segurança mais confiável.

- Aleksandr, traga o desgraçado que machucou Élise para mim. Encontre-o. Eu não me importo como. Apenas traga-o.

- Sim, Madame Petrov.

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