O advogado da facção [FACCIONADOS 1]

Capítulo 21

Meta para o próximo capítulo no final do capítulo atual.

Gabriela Santos

Meu coração pulsava, enquanto escutava os gritos e socos lá de dentro. Eu estava desesperada, ligando para o russo descer. Assim que ele atende, eu explico tudo muito embolado, mas ele avisa que estava a caminho. Minha próxima ligação é para Victoria.

—Seu primo descobriu tudo, ele vai matar o André.—é a primeira coisa que eu digo, me arrependo na mesma hora lembrando que ela tá grávida.

—Meu Deus, onde ele tá?—a voz dela é de pânico puro.

—Maré, chamei o russo, eu vou tentar dialogar com eles.

Volto para dentro da casa que um dia eu morei e encontro um André com os olhos arregalados, paralisando em frente ao João furioso. Não era medo que ele sentia, era devastação.

—Ela não pode está grávida.—ele diz baixinho, quase que argumentando com ele mesmo.

—Ah jura? Discuta com as porra dos médicos sobre o seu milagre, filho da puta.—Ele cospe, avançando novamente em direção ao André. Ele começa a socar o homem tão enorme quanto ele como se fosse um garotinho, André não se move para se defender. É quase como se ele quisesse ser morto. Quando o João joga a sua pistola no chão pra continuar a espancar o André, eu corro e pego, escondendo embaixo do primeiro móvel que eu avisto.

Dois soldados chegam junto russo e Lorena, os dois precisam de muita força pra tirar João em sua forma feroz de cima do André. O loiro estava totalmente ferido, mas não dava uma reclamação, era quase como se ele entrasse em estado de choque. João sendo contido por dois homens enquanto gritava ameaças para André. Ele estava tão ferido por dentro, tão dilacerado. Caminho em sua direção, ajoelhando em sua direção onde estava sentado e contido no sofá.

—Eu sei que você me odeia agora. Mas eu amo você, por favor, pare de se machucar assim. Por mim, se acalme, vou respeitar sua decisão se ela for tomada com sensatez.—ele fixa seus olhos no meu, ferido, magoado, distante. E meu peito dói. Ele demora pra voltar a si, mas respirando fundo, vai retornando, enquanto russo conversa com André.

Eu tento entender, mas estou distante, flutuando fixada em cada respiração paralisada que o João dar. A Lorena está ao seu lado, agora que ele não precisa ser mais contido.

—Gabi—andré me chama.

—Não dirija a palavra a minha mulher, seu fodido.—João responde antes que eu diga qualquer coisa. Segurando minha mão como se dessa forma não pudesse me perder.

—Gabi, ela está mesmo grávida de um filho meu?—ele pergunta. Minha garganta seca, ele parecia abalado e inconsolável.

—Não finja que esse não era seu plano.—João cospe.

—Porra, não fode. Você não me conhece caralho. Sim, eu me aproximei dela com interesse de te atingir, mas não era dessa forma. Não diretamente assim.—Ele diz e então Victoria entra pelas portas da minha antiga casa.

—Não tão diretamente assim, ein? Deveria ter pensado nisso antes de falar que estava apaixonado por mim.—Victoria diz. Quem olhasse de longe, nem imaginava que essa garota que está aqui agora é o mesmo raio de sol que sorri pra tudo e ama fazer bolos.

—Victoria, não se exponha a isso. Você não precisa.—João levanta tentando proteger a sua prima.

—João, isso é sobre mim, ok? Vocês me envolveram seja lá que porra de problema e agora eu estou aqui no meio de tudo isso, com uma criança a caminho, então por favor, me deixe fazer o que eu acho melhor.—André levanta passando por João e tomando a frente da Victoria, ele segue a mão para segurar seu rosto, mas ela se afasta a tempo.