ROBERTA CHANG
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Ao tentar entrar, duas mãos enormes chegam por trás de mim e cobrem meus olhos. Uma voz familiar sussurra no meu ouvido:
– Adivinhe quem é?
Viro, no meio da multidão. Viver com alguém, especialmente durante a faculdade, cria um laço que nasceu de experiências compartilhadas e memórias preciosas.
– Daniel!
Daniel Walker é um homem do tamanho de um mamute. Ele e Arnold Schwarzenegger poderiam ser irmãos. Mas não se engane.
Ele é como uma daquelas balas de caramelo: são duras por fora, macias e grudentas por dentro. Parece um ursinho carinhoso.Ele é carinhoso. Generoso. Compassivo.
No nosso primeiro ano da faculdade, um rato decidiu se mudar para nossa arruinada casa. Todos votamos para matá-lo, exceto o Daniel. Ele construiu uma armadilha com barbante, papelão e graveto, que teria deixado Os Batutinhas orgulhosos. Na verdade, ele conseguiu pegar o safadinho. Ficamos com ele.
Colocamos-o numa gaiola, como se fosse uma mascote. Nós o chamávamos de Bud por causa da nossa cerveja favorita.Daniel me puxa para dar um abraço de urso, me levanta e me gira. Em seguida, me coloca no chão e beija minha bochecha.
– É tão bom te ver, Nini. Você está linda!
Estou sorrindo tanto que meu rosto começa a doer.
– Obrigada, Daniel. Você também. Não mudou nadinha. Como está indo tudo?
– Não posso reclamar de nada. As coisas andam bem, apesar de ocupadas. Ainda estou fazendo entrevistas em hospitais.
Daniel é anestesiologista. Quando é possível, ele e a Bob trabalham juntos. Como eu e a Lisa.
Ele continua.– Mas a clínica da Bobbie está expandindo, então sou o entregador, por enquanto – ele levanta uma sacola de comida chinesa.
Quando o cheiro alcança meu estômago, ele se revira, me deixando ciente de que não está gostando. Engulo a saliva.
Ele coloca seu braço pesado nos meus ombros e conversamos durante alguns minutos. Sobre a mudança, sobre Deloris e sobre Billy. Conto sobre Lisa e como gostaria que nós quatro saíssemos para jantar.
E, então, escuto um chiado alto de pneus de borracha.
Nos viramos e observamos as lanternas traseiras de um carro em alta velocidade desaparecerem do estacionamento.
Franzi as sobrancelhas. Carro familiar.
Daniel mexe a cabeça.
– E eu pensava que os motoristas da Filadélfia é que eram ruins.
Rio.
– Ah, não, nova-iorquinos ganham na má direção. E são os fãs de beisebol mais loucos. Não use sua jaqueta do Phillies aqui, pode terminar em tragédia.
Daniel ri e seguimos até o prédio.
(...)
Bom, agora é oficial.
A vida como conhecia terminou.
Estou grávida. Prenha. O pão está no forno e o danado já está cozinhando. Não fiquei surpresa. Só esperava estar errada.
De acordo com Bobbie, meus antibióticos são os culpados. Eles reduziram a eficácia dos anticoncepcionais.
Então, entende agora o que disse sobre as bulas? Leia-as.
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Atraída 2 (JenLisa)
FanfictionÀs vezes, apaixonar-se pode se tornar algo um pouco... Enroscado. Jennie Kim era o tipo de pessoa planejada e cautelosa. Até conhecer Lalisa Manoban, sua namorada persistente e segura de si. Juntas, elas formam um casal que se joga no trabalho sem d...