13 - A volta dos que não foram

147 37 18
                                    

(Quem disse Billy, acertou)


– Jennie Kim com uniforme de caubói. Estou realmente vendo isso ou é apenas algum flashback excêntrico bem real.

– Billy!

Jogo meus braços em seu pescoço. Ele me aperta bem forte na cintura e meus pés saem do chão. Minha voz abafa, por causa de seu ombro.

– Caramba, como é bom te ver!

Sei que você o acha um idiota. Mas ele não é.

Sério.

Você só o viu através das lentes coloridas de Lisa.

Billy se afasta, com as mãos em meus antebraços. Já faz uns oito meses desde a última vez que o vi. Ele está musculoso e
bronzeado, saudável. Está bonito. Exceto pela barba. Não estou curtindo a barba. Está grossa e desgrenhada, me lembra um
lenhador.

– Digo o mesmo, Nini. Você está… – arqueia a sobrancelha. O sorriso se torna um questionamento. – Porra. Você tá parecendo ... Na verdade está meio estranha nesse uniforme.

Sim, esse é o Billy. Ele sempre soube o que dizer para uma mulher.

– Uau. Falando desse jeito, você deve estar pegando todas lá em Los Angeles, né? Aliás, você sabe que tem um rato pendurado no
rosto?

Ele ri e esfrega a barba.

– É meu disfarce. Preciso de um agora, sabe.

De repente, um garoto, que parece ter uns dez anos, chega perto de nós um pouco hesitante.

– Senhor Warren, pode me dar um autógrafo?

Billy abre um sorrisão. E pega a caneta e o papel oferecidos.

– Claro – ele rabisca algo rapidamente, devolve o autógrafo e diz: – Não pare de sonhar, garotão, pois os sonhos realmente se tornam realidade.

Depois que o fã vai embora, Billy se vira de novo para mim, com os olhos cintilando.

– Isso não é demais?

Hoje em dia, ele está bem popular no ramo musical. Seu último álbum ficou em primeiro lugar durante seis semanas, e estão falando que é um forte concorrente para ganhar o Grammy neste ano. Estou orgulhosa dele. Ele está aonde sempre achei que fosse chegar.

Mas, provoco:

– Cuidado. Você ainda tem que sair com esse cabeção daqui.

Ele sorri.

– O que está fazendo por aqui? Eu ia para a cidade para encontrá-la na semana que vem.

Antes de poder responder, um rosto aparece do nada, pelo outro lado da porta de vidro. Me dando o maior susto.

– Ah!

É uma mulher de cabelos claros, com olhos castanhos enormes, que não piscam. Como se fosse um ET com peruca loira. Billy se vira.

– Ah, aquela é Evay.

– Evie?

– Não, E-vay. Como eBay. Ela tá comigo – ele abre a porta e a ET entra, com as mãos cruzadas, fortemente, na cintura. Está com
calça legging preta e uma camiseta do Bob Marley. Magra é algo longe de descrevê-la. Ela me lembra um daqueles esqueletos da
aula de biologia, com revestimento fino e colorido na pele. Ela até que é bonita, se considerarmos um campo de concentração.

– Evay, esta é Jennie. Jennie, Evay.

No mundo profissional, apertos de mão são importantes. Eles dão aos potenciais clientes uma visão de como você faz negócios. Eles podem fazer ou acabar com o acordo. Sempre garanto que meu aperto seja firme, forte. Não é apenas porque sou pequena e mulher que alguém poderá pisar em mim.

Atraída 2 (JenLisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora