Será?

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Escutei o barulho da janela, sentei na cama assustado, peguei meu celular que estava em cima da mesinha de cabeceira e liguei a lanterna.
Não podia ser eu estava sonhando.
Margo estava na minha janela,entrando como no dia que tivemos nossa aventura(fizemos a pequena vingança de Margo).
-O que você está fazendo aqui?!
Acho que fui um pouco grosso.
-Volte a dormir, você está sonhando.
-Não não estou. O que você está fazendo aqui?!
-Preciso da sua ajuda que nem aquele dia.
-Você está brincando comigo ne? Você acha que pode sair e voltar da minha vida assim quando quiser?Você acha que é fácil pra todo mundo isso que você faz?
-Porque você está me dizendo isso?O que você tem haver com isso?
-Caramba Margo eu te amo! Eu te amo desde que eu te vi sair daquele carro,meu coração dói só de imaginar você sozinha se aventurando por aí, no dia que você sumiu senti um aperto no peito,aquele dia na barraca eu dormi feliz só de poder ver você dormir,aquele dia que você me chamou para te ajudar foi ótimo só por estar ao seu lado!
Ficamos em silêncio,respiração ofegante,não acredito que disse aquilo pra ela,ela não me ama!
Sentei-me na cama,abaixei a cabeça e ela ficou me olhando. Não sabia o que dizer acabei de admitir tudo pra ela, ela deve estar me achando um idiota.
-Quentin,eu... é eu...
Ela tentou falar mas pelo visto não havia encontrado palavras.
E eu continuava sem saber o que dizer.
-Quentin,eu não sabia,eu não sei o que dizer...
Pela primeira vez Margo não tinha palavras,levantei-me tirei coragem não sei da onde e me aproximei dela. Encostei minha testa na dela e ficamos a centímetros de nos beijar.
-Você tem que se perder antes de se encontrar não é?
Ela sorriu,usei a frase dela, será que eu deveria beija-lá?
Ela se afastou.Senti-me frustrado.
-Porque você me beijou naquele dia, quando eu te achei?
A pergunta escapuliu da minha boca.
Ela olhou para a janela,parecia procurar uma resposta do céu.
-Porque querendo ou não você mexe comigo Quentin.
Não acreditei no que ela tinha dito, eu mexia com ela?
-Aposto que você só me vê como seu amiguinho de infância de algumas aventuras não é?
De novo ela parecia não saber o que responder.
-Talvez, sempre te achei um fofo.
Sorri, não acreditava naquilo, novamente me aproximei dela.
Ela disse.
-Vai me ajudar ou não?
Estávamos tão próximos. Sussurrei em seu ouvido.
-Eu mexo em que sentindo com você?

Amores de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora