Amores de papel

Não posso viver sem ela

Estava desesperado,Margo não dava nenhum sinal de vida,coloquei a cabeça em seu peito e chorei,sim chorei com muito medo de perde - lá,as pessoas começaram a se aproximar, o idiota do carro foi embora,não deu a mínima,uma senhora se aproximou e disse.
-Menino vou ligar para a ambulância se acalme.
Não consegui responde - lá mas agradeço imensamente.
Continuei abraçado com ela, depois de alguns minutos a ambulância chegou,colocaram Margo dentro dela,de início não deixaram eu entrar e eu já estava nervoso.
-Me deixem entrar logo, se vocês não estão percebendo minha namorada está morrendo porra!
O cara me olhou assustado e deixou eu entrar.
Parecia uma eternidade,fiquei olhando para ela até chegarmos ao hospital.
-Filho você terá que esperar aqui, ela vai para a emergência.
Eu tentei argumentar,mas o médico insistiu que eu ficasse.
Olhei ela sendo levada para a ala vermelha,sentei no chão,não conseguia pensar,suava frio e tremia.
Olhei para minha blusa e estava suja de sangue agora sim meu desespero aumentou muito mais.
Depois de quase 2 horas rodando pelo hospital sem nenhuma notícia, já estava ficando sem esperanças.
Uma enfermeira veio em minha direção.
-O doutor quer falar com você, me acompanhe por favor e ponha esse crachá.
Não acredito,não pode ser,quando os médico nos chamam não costuma ser coisa boa,será que eu a tinha perdido?
A enfermeira me deixou numa sala onde havia apenas uma mesa com duas cadeiras e a cadeira do médico.
-Bom, Quentin Jacobsen certo?
-S..sim.
Disse com a voz meio trêmula.
-Aquela menina que chegou é sua namorada não é?
-S..sim por favor doutor me diga logo o que aconteceu com ela.
-Acalme-se,os pais dela estão vindo para cá.
Não tenho boas noticias para o senhor,Quentin, mas peço que se acalme.
Caralho! Como vou me acalmar seu idiota, você acabou de falar "mal notícia".
-Sua namorada vai sobreviver, ela terá que ficar internada por tempo indeterminado,ela sofreu alguns ferimentos graves,ela fraturou o braço,quebrou a costela e bateu a cabeça com força no chão,por isso ela está em coma.
Senti um alívio percorrer meu corpo por poucos segundos em saber que ela estava viva, mas o que será agora?
Ela está em coma e toda machucada, ainda a chance deu perde - lá.
-Você quer um copo d'agua filho?
-N..não obrigado.
-Ela ficará aonde doutor?
-Agora que já passou os procedimentos de emergência,ela será transferida para um quarto,os pais dela acabaram de chegar,poderá ficar uma pessoa com ela apenas.
-Posso ficar com ela certo?
-Receio que isso você deverá resolver com os pais dela,eles estão na recepção.
-Obrigado doutor.
Apertei a mão dele e fui para a recepção.
-Sr e Sra Spiegelman.
-Quentin!
Ela disse me abraçando.
O Sr . Spiegelman apenas apertou minha mão.
-Obrigado por trazer nossa filha, nos disseram que um carro atropelou ela e você ficou com ela o tempo todo.
-Ah por nada, fiz apenas o meu dever.
-Estou tão desesperada querido.
-Sr e Sra Spiegelman, sei que é a filha dos senhores que está lá, mas eu gostaria de saber se poderia ficar com ela só até amanhã, não me deixaram vê - lá.
-Claro querido,amanhã nos voltamos,vou ligar para os seus pais te trazerem roupas.
-Obrigado.
Eles foram e depois fui em direção ao quarto onde ela estava.
Meu coração apertou quando vi aquela cena.
A menina que eu amo,que é tudo pra mim,com vários tubos e faixas no corpo.
Sentei na cadeira ao lado e segurei sua mão, torcendo para tudo dar certo e eu ter a minha Margo de volta.
Não posso viver sem ela.