Tínhamos passado uns 2 dias pensando como seria nossa aventura,ia ser perfeito para esse final de semana pois teria um feriado segunda.
Margo estava comigo em minha casa, pedimos autorização para os nossos pais para viajar porém não dissemos o que íamos fazer.
Eu estava terminando de fazer minha mochila e ela estava sentada na minha cama me esperando com uma cara um tanto desanimada.
-O que foi?
Estava pensando besteiras já, imaginando coisas que não queria imaginar,coisas do tipo: a última aventura poder ser a última mesmo, talvez ela tá deixe de novo.
-Nada você só demora de mais.
Ela disse rindo. Graças a Deus. Sorri de volta.
-Então nos vamos amanhã(sexta)e voltamos segunda certo?
Perguntei e ela concordou com a cabeça.
-Depois de tanto tempo de enrolaçao você pode me dizer o que vamos fazer? Essa demora tá me matando.
Disse pra ela rindo mas na verdade eu estava meio puto.
-Vamos fazer isso.
Ela colocou um mapa na mesa e nele havia um unico alfinete vermelho.
-Lembre-se dessa floresta ne Quentin?
Era floresta que a gente ia quando tínhamos uns 8 ou 9 anos, lá tinha uma cachoeira maravilhosa e uma montanha também muito bonita tinha muitas pessoas que pulavam de paraquedas nela.
-Lembro é claro, inclusive da vez que eu cai naquela cachoeira e você ficou rindo de mim. Mas o que vamos fazer lá.
Ela riu.
-No primeiro dia vamos na cachoeira,no segundo vamos fazer uma trilha e se tivermos sorte vou achar a caverna que tem lá, no terceiro é surpresa.
Jesus essa garota é louca se enfiar em uma caverna, e ótimo mais uma vez essa merda de mistério.
-Sério que você não vai me contar do terceiro dia?
-Óbvio que não. Arrumou tudo?
Fiz uma cara séria pra ela e concordei com a cabeça.
-Ok, vou para casa, amanhã às 8 horas eu tô aqui.
-Ok.
Ela me deu um beijo e foi embora, levando seu mapa e o resto das outras coisas.
Foi difícil dormir naquele dia, estava ansioso demais.
No dia seguinte acordei cedo, tomei banho e depois um café da manhã bem reforçado,verifiquei se tinha tudo na minha mochila.
Olhei para o relógio eram 7:30, daqui a pouco ela tava aqui,meus pais ficaram conversando comigo antes dela chegar.
Ouvi a campainha, levantei do sofá e fui atende - lá.
Ela estava linda,usava uma regata branca simples, mas que me vez engolir em seco ao observa-la melhor,um jeans azul escuro e um all star vermelho.
-Oi.
Ela disse sorrindo.
-Vai ficar me secando mesmo?
-Ah desculpe, entra.
Disse um pouco envergonhado.
Meus pais cumprimentaram ela e depois fomos para o meu quarto buscar as coisas.
Depois que pegamos tudo e nos despedimos dos meus pais, fomos para o meu novo carro( tinha comprado esse mês, era um jeap preto).
Coloquei nossas coisas na mala e depois partimos para a floresta.
Aquele silêncio estava me matando,ela não dizia nada e parecia me ignorar,eita garotinha complicada ela não estava percebendo o quanto eu estava aflito?
Chegamos na floresta que eu e ela chamávamos de boca do peter pan (nome bem retardado eu sei).
-Estaciona ali.
Ela apontou para um lugar qualquer.
Estacionei o carro e começamos a arrumar a barraca, era grande o suficiente para nós dois.
Arrumamos tudo bem rápido, uma vez que ela já estava acostumado com tudo aquilo.
-Suponho que nós vamos à cachoeira certo?
-Sim, vou por meu biquini e você vista a bermuda, ou você vai de calça jeans?
Ela riu ironicamente, revirei os olhos e fui pegar a bermuda.
Quando eu entrei na barraca vi Margo semi nua, céus ela queria me matar.
Coloquei a bermuda rápido evitando olhar para ela, ela tipo me ignorou e vestiu o resto do biquíni depois foi para fora.
Olhei seu corpo, ela era maravilhosa, parecia não ter um defeito.
-Vamos então?
Ela perguntou.
-Vamos.
No caminho segurei sua mão,conversamos e por fim chegamos, não demoramos 10 minutos.
Ela estendeu uma canga na pedra e disse.
-E só pra quando sairmos da água.
-Ok, vai entrar comigo?
Ela estendeu a mão e disse num tom irônico.
-Me carregue escravo.
Sorri e peguei ela no colo. Que começou a se debater.
-Me solta! Era brincadeira!
Ignorei as reclamações e joguei ela na água. Comecei a rir dela. Me arrependi logo em seguida pela cara dela.
-Erh Margo desculpa... era brincadeira.
Ela me olhou furiosa.
-Se considere morto Quentin Jacobsen!
Ela riu e me deu um alívio Margo brava era um monstro.
Ela saiu da água e me puxou, a água estava bem gelada.
A tarde foi muito divertida e teve umas partes que eu adorei, Margo não cooperava nem um pouco,me provocava sempre.
-Ei para com isso. Esta me matando.
Disse em meio ao nosso "amasso".
Ela sorriu de um jeito que, céus...
-Quem disse que eu não queria isso?
Ela mordeu de leve a minha orelha.
Coloquei ela em baixo de mim(estávamos na pedra agora) e sussurrei em seu ouvido.
-Deixe a gente chegar na barraca, vai se arrepender de ter me provocado tanto, não sou mais aquele Quentin retardado, quem dizer não muito.
Ela riu e continuei a beija-lá. Estava no meu limite já. Acho que ela percebeu isso porque disse.
-Vamos para a barraca amanhã temos uma trilha pra fazer.
Graça à Deus.
Quando chegamos na barraca nem me importei se estamos molhados ou não, coloquei ela em cima do saco de dormir e sussurrei.
-Disse que você ia se arrepender.
-Não tô nem aí.
Ela disse sorrindo diabolicamente.
Deslizei seu biquini, beijei seu pescoço e depois você já sabe o que aconteceu.
Dormi tranquilamente naquele dia e bem exausto (Margo acabou comigo).
Ela me acordou cedo, que merda queria dormir mais.
-Anda Quentin, temos que ir.
-Margo por favor deixa eu dormir um pouco.
-Anda logo, se não vou sem você.
-Ah Jesus tá bom, bom dia pra você também.
Depois que coloquei uma roupa,tomamos um suco com torrada e fomos para a tal trilha.
Ficamos andando mais ou menos uma hora, e não dava sinal de cansaço, eu já tava bem cansado.
-Ali!
Ela gritou animada, era a tal caverna.
-Amém! Não aguentava mas andar.
-Anda reclamão, vamos entrar.
Ela entrou e ligou uma lanterna, a caverna parecia não ter fim, fiquei pensando aonde ela queria chegar.
Andamos uma meia hora, até que ela disse.
-Olha ali! Achei!
Ela apontou para um lugar que parecia um lago dentro da caverna, só que a água era um azul muito doido.
-Que maneiro! Vamos entrar?
-Se você quiser vamos, mas acho que você não vai querer entrar aí!
-Ue porque?
Ela apontou para o "teto" da caverna, olhei para cima e vi vários bichos esquisitos que deles,escorriam uma gosma da cor do lago.
Que nojo.
Ela riu da minha expressão,depois se sentou numa pedra e ficou observando o "lago", sentei ao lado dela e peguei sua mão.
-O dia anterior foi ótimo, esse tá sendo e todos os dias que eu passo com você são ótimos.
Disse pra ela, que apenas sorriu.
Passamos a tarde toda lá, voltamos a noite para a barraca, dormimos cedo porque ela exigiu.
O alarme do meu celular tocou exatamente as 8 horas, olhei para o lado procurando aquele mar de cabelos que tanto gostava, não achei nada.
Corri os olhos pela barraca e nenhum sinal dela. Tirei minha bermuda de dormir e coloquei uma outra e uma blusa azul, sai da barraca e nenhum sinal dela.
Sentei numa pedra que tinha do lado e fiquei esperando, já estava pensando merda, é bem a cara de Margo ir embora.
Olhei meu relógio, 8:30...
Ouvi um barulho vindo do mato,olhei e soltei um suspiro de alívio. Era ela.
-Desculpe, estava arrumando algumas coisas.
-Tudo bem.
Ela me deu um beijo rápido e estendeu uma roupa esquisita.
-Vista, sem perguntas, estou te esperando aqui fora.
Eu ia argumentar mas fiquei quieto, percebi que era uma roupa de paraquedismo. Não queria acreditar que ela ia me fazer pular daquela montanha.
Coloquei a roupa e sai.
Ela riu e eu sabia porque, eu estava com a maior cara de apavorado.
-Então vamos?
-Va....va..mos.
Começamos a subir a montanha, que sinceramente era bem alta.
Demorarmos quase uma hora pra chegar no topo. Observei lá de cima,no topo tinha algumas partes planas, vi dois paraquedas( Meu deus eu tava começando a ficar bolado, não que eu tivesse medo de altura mas era a primeira vez que eu ia fazer aquilo) e do lado dos paraquedas vi uma toalha estendida e duas almofadas.
-Então, acho que você já sabe o vamos fazer ne?
Concordei com a cabeça, cara que idéia maluca.
-Depois vamos ver o por do sol.
-Adorei a parte de ficarmos deitados vendo o sol mas a parte de pular de paraquedas fiquei meio bolado.
Ela riu.
-Vamos pular sozinhos
-Já fiz isso várias vezes, não confia em mim? Você vai comigo, um paraquedas e para duas pessoas, imaginei que você ficaria com medo.
-Hei! Não é medo, só um pequeno receio.
-Há há há....
Ela riu ironicamente.
-Anda.
Ela me apressou, depois que estávamos devidamente arrumados, Margo me perguntou.
-Tá pronto?
-Não... Margo por favor espera um pouco!
-1...2...3...
Ela ignorou meus protestos e pulou, senti um frio na barriga, mas logo a sensação foi maravilhosa.
-Uhullllllll!
Gritei que nem um retardado, para Margo aquilo virou uma coisa comum de se fazer, para mim foi uma coisa nova e sensacional.
Ouvi uma risada vindo dela.
Ficamos voando um bom tempo, depois pousamos na parte plana da montanha onde estávamos.
-Gostou?
-Adorei. Foi incrível! Foi foda!
Eu disse e ela sorriu, peguei ela no colo, que amarrou suas pernas ao redor da minha cintura, a beijei, depois fomos nós deitar e assistir o por do sol.
Aquele dia foi maravilhoso,tudo com ela ficava perfeito, não me importava se ela era fria,grossa e não ligava pra mim eu sabia que ela gostava de mim e esse era o jeito dela, me apaixonei por ela assim e pelo visto continuarei apaixonado até o resto da minha vida.
Me sentia vivo,extremamente feliz.
A abracei e ficamos ali, como se fossemos só nos dois no mundo, como se fossemos infinitos.
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Amores de papel
FanfictionQuentin Jacobsen é um adolescente de 17 anos que vive em Orlando, sua vida é comum e tranquila, porém ela muda completamente quando ele se torna vizinho de Margo Roth Spiegelman.Esse fato talvez tenha sido seu milagre ou sua perdição. (essa fanfic e...