I lift you up to the clouds

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- Vamos logo Laur! – Ally gritou logo atrás das meninas tirando-me do transe.

- Porra Lauren! – Parisa sussurrou tentando manter a postura.

- Maldita promessa de escoteiro, Tarjomani! – passei por ela indo o mais rápido possível até o chalé.

Larguei tudo em cima da mesa da pequena cozinha, peguei minha mala e vesti um short com detalhes rendados por cima do biquíni e uma camiseta do Miami Heat. Andei descalça pela margem do lago chegando perto de Ally que estava sentada em uma toalha estendida ao chão. Camila, Betsy, Troy, Mikey e Charlie brincavam de frizbe um pouco mais à frente.

- Como vai minha marinheira favorita? – Ally abaixou os óculos de sol fechando o livro em suas mãos. Sentei ao seu lado na grama verde.

- Louca, cansada, morrendo de saudades, mas bem. – suspirei dando de ombros vendo a mulher da minha vida correr para pegar o disco que voava para perto do lago.

- Venha aqui! – Ally puxou meu corpo para que eu deitasse com a cabeça em seu colo e começou uma leve caricia em meus cabelos. – Como está sendo lá?

- Torturante. – meus dedos corriam pelas letras bordadas da camiseta. – Eles jogam jatos de água de uma mangueira de incêndio enquanto nós treinamos. A pressão da água é muito forte, as vezes deixa a pele toda marcada com vergões vermelhos.

- E porque você não desiste? – ela mantinha o mesmo ritmo de carícia e eu podia jurar que dormiria se ela continuasse.

- Ás vezes eu tenho uma vontade fodida de tocar aquele maldito sino. – a olhei por um momento. – Mas eu sou teimosa demais, ou preguiçosa demais para correr até ele. Você que escolhe.

Ally deu uma risada um tanto quanto fofa o que atingiu em cheio meu coração. Minha mente vagou até o primeiro dia do BUD/s.

"- CENTO E CINQUENTA FLEXÕES AGORA!

E foi assim que o BUD/S começou, com cerca de cem corpos jogados ao chão subindo e descendo em sincronia conforme o instrutor contava.

- Isso aqui não é pra franguinhos!

Meus braços até que estavam estáveis. Devido ao muay thai, eu tinha uma resistência física maior, então conseguia fazer sem problema algum. Tirando o fato de que à cada intervalo de tempo um forte jato de água acertava-nos em cheio.

O grande pátio se dividia em oitenta por cento homens e vinte por cento mulheres, já que no ultimo verão as forças especiais liberou o ingresso das mulheres, mas ainda sim o numero de desistentes até a Semana Infernal continuava em oitenta por cento. Talvez até mais.

A Semana Infernal era a semana mais difícil de todo o treinamento. Eram cento e trinte e duas horas de pura tortura e resistência. Iriamos tomar uma bela de uma surra.

Quando eu estava na nonagésima sétima flexão ganhei de brinde aquele maravilhoso jato de água na cara. Essa era a melhor parte dos exercícios. Além de fazê-los sem reclamar, éramos recebidos com jatos de água vindos de mangueiras de incêndio. Abaixar ou virar o rosto? Erro mortal.

- Vocês querem um café? Que tal rosquinhas para acompanhar? Se tocarem aquela porra de sino terão isso! E um belo chute na bunda.

O sargento berrava com aquela voz grossa e intimidadora, mas eu não tinha medo. Não dele. Não naquele momento.

- MAIS CEM!

Gritou outra vez e pude ver um vulto passando atrás de mim e logo o sino sendo tocado. Seria mais um que havia desistido sem ao menos tentar de verdade."

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