"O meu amor foi o preço"

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Narradora/autora

Enquanto as emoções de Angela misturavam-se devido a tensão pré-mentrual iniciada, Heinrich, nos seus aposentos, recordava-se de há um pouco menos de 1 ano, na noite em que descobrira o papel que o colocaria na posição que se encontra nos dias actuais.

Depois de o ter em mão, sorriu prevendo sua vitória e voltou para o seu quarto e depois de guardar bem o pequeno escrito aproximou-se à sua mulher, intentando partilhar a notícia com êxito.

Contudo, esta, limitou-se a desvencilhar-se de seu toque.

Medo. Choque. Horror.

O que viria depois de um sexo não consentido? - A mente da mulher rodeava à volta dessa pergunta.

- Minha Else...não me olha desse jeito. - O sádico pedia enquanto a mulher tentava cobrir-se da vergonha de estar exposta: em vão.

O marido havia literalmente rompido o tecido leve de sua camisola.

- Desculpa. Desculpa. Não chores, minha branquinha. - Assim a chamava fazendo jus à sua pele pálida e cabelos claros, convenientes para seu nome ou vice-versa.

À medida que Heinrich ia se desculpando, o coração da jovem mulher mãe ia vasculhando nas lembranças de quando se conheceram e de como a havia conquistado.

De quando descobriu a primeira gravidez e de como ele praguejava-se de se tornar pai, de como ele prometera ser um bom pai. Ignorava sua mente que refutava cada uma dessas lembranças.

Cedeu ao toque do marido em seu rosto branco com alguns tons de vermelho, sinais de abusos, mas que ela sempre diria ser da rosácea.

- Tudo vai melhorar, minha branquinha! Tudo!! - Heinrich sorriu induzindo sua mulher a sorrir contente por ele. A verdade é que tudo que Else queria era acreditar que assim fosse.

No dia seguinte, em que Klaus Hans seria anunciado como presidente da empresa multi-milionária da família Wolford-Hans , o primogênito levantou-se cedo e aprumou-se.

Seguiu para o quarto do caçula, abrindo a porta sem maneiras nem introduções.

Klaus não se excusou de virar a cabeça, simplesmente deu um olhar cético pelo espelho à sua frente.

- Ora, ora!

Klaus franziu o cenho.

- Fala logo. - Depois de fazer o nó da gravata, tencionava ajustar puxando mais a parte mais fina, segurando a mais grossa.

Ele não apresentava nenhuma preocupação, ou interesse. Queria só que o mais velho se retirasse.

- É sobre a Nala.

Klaus afrouxou o nó da gravata sem demonstrar nenhuma emoção ao ouvir o nome dela, para a inconveniência de Heinrich.

Do que valeria aquele endereço então?

Hm.

Mas ele sabia que havia alguma coisa por trás do que podia ver exteriormente no irmão. E ele jogou sujo para o despertar.

- Olha...- Fechou a porta atrás dele -...lembra daquela noite em que bebíamos juntos, conversando como se fossémos normais? Revelaste-me que estavas fodendo novamente..

Uma expressão que Klaus não usara na noite em questão, há um ano e meio naquela altura, mas com Heinrich, tudo é cru e nu.

- Confidenciando-te para o mano mais velho aqui! - Rio-se, gabando-se - Fiquei feliz e aliviado, pensava que nunca mais fosses molhar a máquina depois da outra.

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⏰ Última atualização: a day ago ⏰

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