Anna

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Ela se distrai fácil
e fascina com o olhar desajustado
envolvida por caos e inimiga de si
envolve por parecer criança sempre que ri
os olhos serenos e a pele branquinha
fazem o cabelo botar fogo nos olhos de quem vê
no jeito todo desengonçado
há um traçado
ancestral
do amor mais intenso
ardilosa e amorosa e sensível
ajuda sem se ajudar
escuta sem falar nada
sem crença
determinada
não faz nada
que não lhe faça querer
sua companhia é a própria companhia
Ela olha no espelho e sorri
não sabe porquê
e nem o que tem de tão engraçado
nessa tristeza que lhe invade
faz colo em sua mente
e obriga à brigar-se com ela mesma
oh, Anna
concisa com complicada
enigmática até para si:
encanta sempre
o olhar dos mais distantes.

Poesia EstereotipadaOnde histórias criam vida. Descubra agora