Alter ego

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Ele me toma o peito
ele me toma de jeito;
me faz refém de mim mesmo,
mas ele não é ninguém.

Ele sou eu mesmo;
ele, é só exaustão.

Ele me enche de dor
me enche de sede
me enche de tudo,
menos de amor.

Ele talvez nunca vá embora
porque ele, sou eu.

Ele me diz ser cedo
me diz ser tarde.
Mas jamais me diz o que fazer.

Mas ele é o cansaço
é o fracasso
nada além de mim.

Poesia EstereotipadaOnde histórias criam vida. Descubra agora