Sobre os lençóis usados de suor uma luz finalmente se acende. É Beth.
Com seus cabelos loiros escorridos e quase grudados pela pele branca, no escuro, ela parece brilhar.
Os pés cansados encostam no chão frio, e ela se arrepende de achar pantufas algo feio.
Vai para o banheiro e se ajoelha como quem pede piedade diante de Deus.
Ela se inclina sobre o vaso, e põe para fora toda a história da noite passada.
Olha no espelho, e entra em desespero.
Fumou, bebeu, transou, apanhou, bateu, matou, ou só voltou bêbada para casa?
Seu carro não está na garagem.
Sua cabeça nunca está no lugar.