Não Entendo

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Não entendo porque tanta indiferença.
Minha, sua, de todos nós.

Não vejo diferença entre você, seus pais ou seus avós.

Não quero paz. Eu quero voz.

Não entendo o sono coletivo.
Não entendo o silêncio rendido.
Não entendo o povo bandido.
Não entendo o mundo perdido.
Não quero muros. Eu quero mais amor.
Não entendo nossos surtos súbitos de fins de semana.
Nem o amigo chato envolvido pelo melodrama.
Não entendo a melancolia.
É tristeza ou alegria?
Não entendo a necessidade.
Não entendo a liberdade.
Não entendo nada, na verdade.
Não entendo o seu sorriso.
Não entendo o seu choro.
Não entendo seu abraço.
Não entendo seu desespero.
Eu não entendo, simplesmente porque não quero entender.
Eu não entendo, assim como você.
Entendo como quero.

Vivo, morro, corro, e morro de novo.

Poesia EstereotipadaOnde histórias criam vida. Descubra agora