Capítulo 12 - Um fragmento do passado

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1994

Depois dos últimos acontecimentos eu não poderia deixar de escrever uma carta para a mamãe e outra para o papai. Agora eu esperava ansiosamente pelas respostas. E elas chegaram em uma fria manhã.

Estávamos tomando o café quando as corujas começaram a sobrevoar nossas cabeças. Uma delas entrou no grande salão e voou sobre a mesa da Grifinória até soltar em minhas mãos um envelope e uma caixinha retangular embrulhada em papel pardo.

Abri o envelope primeiro. Era uma carta da mamãe feliz por eu ter conseguido um par para o baile e dando algumas recomendações, com certeza desnecessárias, sobre primeiro encontro. Corei um pouco ao pensar nas possibilidades, mas eu mal conhecia o Jimmy e certamente não seria um "primeiro encontro" como minha mãe achava.

Após guardar a carta, desembrulhei a pequena caixa. Pensei que fosse mais alguma coisa dela, mas era do papai como dizia o cartão que acompanhava. Ele também estava feliz por mim e dizia que precisava me entregar uma coisa. Não resisti à curiosidade e abri a caixinha. Dentro havia uma gargantilha prateada muito simples e ao mesmo tempo muito bonita com algumas pedrinhas brilhantes incrustadas.

- Que lindo Lana! - Ginny, que estava ao meu lado na mesa exclamou. Eu sorri e empurrei a caixinha para mais perto dela para que ela pudesse ver melhor.

- Presente do papai - comentei.

- Para você usar no baile?

- Sim - respondi.

- Vai ficar linda em você!

- Obrigada, Ginny! - sorri.

Ela sorriu de volta.

- Acho que vou subir até o dormitório para guardar ela antes das aulas começarem.

Eu me levantei levando meus pertences. Corri até a sala comunal da Grifinória e logo cheguei ao dormitório. Abri o meu malão aos pés da cama e comecei a ajeitar os objetos lá dentro para acomodar bem a caixinha.

Antes de guardar o cartão de papai resolvi terminar de lê-lo, pois na pressa de descobrir o que ele havia me enviado não havia lido tudo. Pensei que papai havia comprado a gargantilha, mas eu estava errada e o cartão explicava. A joia havia sido da mãe dele, minha avó Hope Howell Lupin, e agora ele achava que deveria ser minha.

Fiquei emocionada com o gesto e redobrei os cuidados ao guardá-la. Eu não sabia muito sobre minha avó, apenas que ela tinha morrido há muito tempo. Aquele objeto era com certeza de valor inestimável para ele e eu cuidaria com o merecido zelo.

Peguei um pergaminho e escrevi uma carta para o papai. Agradeci o presente e a confiança em mim para guardar algo tão precioso. Quando terminei a carta para ele, escrevi também uma para mamãe. Depois guardei tudo no malão e saí do salão comunal. Iria ao corujal assim que possível para enviar as cartas. Agora tinha que correr para não chegar atrasada na primeira aula.

***
Ah gente, queria tanto ter conhecido minha avó pessoalmente. Não tinha ideia de como ela era. E meu avô. Também não sabia praticamente nada sobre ele... Vou ver se papai me conta sobre eles.

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