Diane POV
Não me atrevia a abrir os olhos. Queria desaparecer. Morrer de forma espontânea era o suficiente para mim. Oh, adoraria que acontecesse isso agora mesmo.
Interiormente escavava desesperada com as minhas unhas sobre a terra que iria constituir o meu túmulo.
"Sai comigo". A sério? Como eu podia ter sido tão estúpida ao dizer-lhe aquilo? O ideia seria ter preparado o terreno contando-lhe a mesma história que contei a Sam e depois pedir-lhe que se fizesse passar por meu namorado, mas pedir-lhe diretamente? Maldita seja, de certo que agora pensa que eu realmente gosto dele.
Lentamente abri os olhos. A cara de Daniel era um poema: Boquiaberto, não falava, a sua respiração parecia ter cortado simplesmente.
Se o pusessem ao lado de uma estátua e me pedissem para procurar as sete diferenças, a única que sabia dizer era que ele era de carne e osso e o outro não.
- Daniel, estás bem? - A minha voz era quase inaudível. Ele abriu as boca diversas vezes, mas não saía nada. Finalmente, ele saiu do seu transe.
- Desculpa, podes repetir a pergunta?
- Perguntei-te se querias sair comigo, mas não me interpretes mal. O que queria dizer era outra coisa. Eu... - O toque que nos fazia entrar para o primeiro tempo de aulas soava por todos os corredores. - Fodasse... Podemos falar mais descansados? - Ele assentiu. - No café, está bem? - Ele voltou a assentir. Genial, agora nem ele falava! Dei-me uma chapada mentalmente. Estúpida.
Daniel tentou esboçar um sorriso mas tudo o que conseguiu foi fazer uma careta estranha. Estúpida. Ele afastou-se de mim pelo corredor a passo lento. Choquei a carteira que tinha entre as mãos contra o meu peito. Repito, no caso de não ter ficado claro: és uma estúpida, Diane.
O corredor estava a ficar deserto e se não me apressasse chegaria tarde à primeira aula. Empurrei os pensamentos e insultos internos para um lado e corri até à sala onde iria ter aula que, por ironia, ficava na outra ponta da universidade.
Quando entrei dentro da sala a professora já lá estava dentro.
- Senhorita Well, sabe que horas são? - Olhou-me friamente por cima dos seus finos óculos.
- Sim, e sinto muito o atraso, demorei a falar com um professor.
- E posso saber qual professor era? Gostaria de comprovar a sua teoria. - Travei a saliva. Merda.
- O professor Stove, de desenho. - Finalmente tinha que falar com o professor e pedir-lhe que me cobrisse.
- Para o seu próprio bem, espero que isso seja verdade. - Colocou os óculos bem e voltou a olhar para o livro na sua mão. - Sente-se e que não se volte a repetir.
- Não voltarei a chegar tarde, prometo. Obrigada.
Velha da mulher. A esta sim, fazia-lhe falta uma boa noite de foda e não a mim, como dizia Samantha.
Depois das primeira aulas, mesmo no momento em que a campainha anunciou o intervalo, fui velozmente até à sala de desenho com a esperança de encontrar o professor.
A porta estava entre aberta, abri ligeiramente e vi-o ali, na sua mesa, a olhar para uns papéis que tinha espalhados sobre esta.
- Professor Stone. - Chamei. Ele afastou o olhar das folhas e olhou-me. - Posso falar consigo um momento?
- Claro. Entra? - Ele brindou-me com um sorriso e fez um sinal com a mão convidando-me a entrar. - Diga-me, o que se passa?
- Bom, esta manhã eu cheguei tarde à aula da senhorita Wright e menti-lhe dizendo que tinha estado a falar consigo e...
- Não digas mais nada, queres que te encubra, verdade?
- Sim...
- Durante o tempo deste curso já vieram nove alunos pedir-me o mesmo. - Olhei-o envergonhada e com medo. - Senhorita Wells, se a encobrir estarei a ir contra as normas e podia meter-me em problemas. Se você chegou tarde à sua aula não é por minha culpa.
- Eu entendo... Desculpe, pensei que...
- Deixe-me terminar. Eu vou-lhe propor um acordo, o mesmo que proponho a todos os que se lembram de mim com o mesmo dilema que você: Se me prometer que na próxima segunda me entregará um trabalho sobre a pintura de estilo barroca, não me importo de dizer à senhorita Wright que esta manhã você e eu estivemos a falar. E isso sim, o trabalho contará para nota, será algo como um castigo.
- Está a falar a sério?
- Sim. - Sorri tão ampliamente que as minhas bochechas doíam.
- Muitíssimo obrigado! Prometo que na segunda à primeira hora o trabalho estará sobre a sua mesa.
- Assim o espero. Se não tem mais dúvidas, pode ir.
Que fique claro, o professor Stone era um céu de pessoa. Claro que, agora tinha que passar o resto da semana a fazer esse trabalho.
O meu telemóvel vibrou dentro do meu bolso, alguém me havia enviado uma mensagem. Era Daniel.
"Levo dez minutos à tua espera no café, onde estás?"
Comecei a andar o mais rápido que podia até ao café. Como se não me faltasse mais nada depois de tudo o que aconteceu, agora ainda me faltava falar com ele.
Entrei no café e procurei-o por entre as pessoas. Encontrei-o sentado numa das pequenas mesas, sozinho.
- Desculpa por demorar.
- Não te preocupes. Mas se não queres que a campainha nos volte a interromper, aconselhava-te a começares já a contar-me que demónios se passa.
- Sim... Bem, vou começar pelo início...
E assim foi, contei-lhe exatamente o mesmo que tinha contado à minha companheira. Durante os minutos que durou a minha explicação, Daniel observava-se com total interesse e atenção.
- Ou seja, o que queres é que me faça passar por teu namorado para dar ciúmes a esse rapaz, não?
- Exato.
Não disse nada durante um bom bocado e eu sentia-me a desfalecer. Pensei o pior.
O que faria se ele negasse? Iria tentar com Will?
- E o que ganho com tudo isso?
- O que queres em troca? - O seu sorriso malicioso disse tudo.
- Já te digo. Mas não podes negar quando to disse, porque se o fizeres, a cena disso de "namorados falsos" acaba. Combinado? - Estendeu a sua mão à minha frente. Duvidei um momento em fazê-lo, mas ao pensar que se isto corresse bem, Louis iria sofrer tanto como eu, retirou as minhas dúvidas todas.
- Combinado. - Disse dando-lhe um aperto de mão. - Então... Já somos namorados?
- Parece que sim. - Ele sorriu.
Agora saberás o que é ser o segundo prato, Louis.
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Hello!
Desculpem a demora, estive um pouco ocupada os últimos dias e também quando chego a casa é tarde e depois a vontade de traduzir é nula.
Espero que tenham gostado! <3
p.S - No meu perfil há um albúm para divulgação de fic's. Ainda é recente, mas podem divulgar lá a vossa fic!! :)
Votem e comentem !!
Beijinhos <3
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Secrets (Portuguese Version)
FanfictionLouis Tomlinson, aquele rapaz de 21 anos pertencente à famosa banda One Direction, não é apenas o rapaz divertido que todos pensam. Louis tem um lado que todos desconhecem. Diane Wells, uma jovem de 19 anos, é uma peça imprescindível neste puzzle. E...