Capítulo Vinte e Nove

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O vestido que Sam tinha escolhido para mim era de uma cor azulada, quase preto, sem mangas, com um grande decote e era justo, chegava por de baixo do meu rabo. Vamos, o vestido não deixava nada à imaginação

- Deixa de descer o vestido, não se vê nada - Reclamou Sam.

- De momento, se fizer um movimento mais busco as pessoas  saberão de que cor é a minha roupa interior.

- Acabarás a mostrá-la a alguém de todos os modos - Abri a boca fazendo-me de indignada ao seu comentário. O seu telemóvel começou a tocar, pegou-lhe e leu a mensagem que acabara de receber - Will já está lá fora à espera, estás pronta?

 - Um segundo - Agarrei o final do meu vestido e puxei-o para baixo na tentativa desesperada de o fazer tapar-me um pouco mais. Peguei na minha pequena bolsa e meti lá dentro o telemóvel e as chaves. Olhei uma última vez ao espero-me e virei-me para Sam - Já está, podemos ir.

Quando saímos de casa, Will esperava-nos apoiado no carro para nos abrir a porta como o bom cavalheiro que ele é bem lá no fundo. Vamos ver o quanto irá demorar a perder as tribeiras esta noite.

- Merda - Ouvi-o dizer baixo quando chegámos perto dele. A sua boca entre aberta e as pupilas dilatas fizeram-me saber que gostava da maneira como eu estava.

- Olá, Will - Digo mordendo o meu lábio inferior para esconder o meu sorriso. Ele tinha dito que tinha "métodos" para conseguir ter as raparigas para comer na sua mão, mas eu também tinha os meus. A noite ainda acabava de começar.

- Estás muito... muito... - Travou a saliva antes de continuar. Todavia não tinha falado desde que me viu - Estás muito linda - Disse sem afastar o olhar do meu procurado decote.

- Obrigada, tu também estás muito bonito - Ouvi a Sam a tossir para fazer-se notas. Will atrapalhou-se e olhou-a.

- Tu também estás bonita, Sam - Disse.

- Sim, se tu o dizes - Rolou os olhos - Vamos?

- Sim claro. - Will abriu a porta de trás e a Sam subiu para o carro, ia sentar-me com ela mas alguém me deteve.

- Deverias ir à frente com o Will, assim não se sente sozinho - Piscou-me o olho, sorri, sabia o que ela queria dizer com isso.

Will abriu-me a porta do pendura e sentei-me. Ele deu a volta ao carro e subiu.

Uma suave melodia inundava o carro, criando um ambiente relaxado que logo se rompeu. Uma das mãos de Will sustinha firmemente o volante, outra descansava sobre a minha coxa descoberta. Era capaz de meter a mão à frente da Sam? Olhei para trás rapidamente, Sam estava a olhar pela janela, não se tinha apercebido do que se passava nos assentos da frente.

Começou a traçar pequenos círculos com o pulgar, movendo a sua mão lentamente, subindo-a pela minha coxa, aproximando-se da zona perigosa. Sentia-me a morrer.

- Por favor, reservem isso para a festa. Não quero ver como fodem - Will retirou a sua mão da minha perna, bem-dita Samantha - Certo, tens preservativos? - Diz prestes a estalar  em gargalhadas. Eu corei.

- Sim, descansa, tenho vários - Will não acabou de dizer isto. O que é isso de ter vários? Se pretende usá-los todos comigo, estava lixada.

- Mmm, sonha prometedor, verdade Diane? - Tinham acordado fazer-me morrer de vergonha os dois? Bom, se ele o queriam fazer e fazer sair a Diane despravada, eles iam conseguir. Não ia continuar com rodeios. Esta noite serei a melhor cabra de todas.

Não demorámos a chegar ao club que o famoso Daniel Miller tinha reservado para a sua festa. Desde fora viasse que o local era grande, com capacidade para vários centos de pessoas. O rapaz sabia como fazer.

Will abriu-nos as portas e descemos do carro. Tinha uma grande fila que se extendia desde a porta do club até vários metros pela rua.

- Will - Chamei olhando desde longe o gorila que etava na porta do local a olhar o que seriam os homens dos convites numa lista que tinha na mão - Para entrar parece que falta o convite - Algo que nós não tinhamos

- Pensas que os trazia aqui sem estamos convidados? - Meteu a mão no bolso do seu casaco e retirou três pequenos bilhetes prateados - Daniel deu-mos à uma semana - Informou. Sorri agradecida. Por um instante pensei que tinha-me arranjado por nada.

Aproximámo-nos da porta, saltando a fila. Supus que as pessoas que aguardavam na fila não tinham convite e deveriam de esperar para poder entrar.

Will extendeu os bilhetes ao homem que estavam na porta, e logo depois dissemos os nossos nomes para que ficassem na listas. Abriu-nos a porta e passámos para dentro.

- Porque é que dão os bilhetes se depois temos que dar os nossos nomes? - Perguntei. Não entendia. Supus que se tivessemos convite não deviamos estar também apontados na lista e vice-versa.

- Segurança. Se apenas nos pedirem o nome qualquer um podia fazer-se passar por nós. Pedindo o bilhete asseguram-se que ninguém se enfia na festa - Explicou Will.

- Daniel tem tudo bem controlado pelo que vejo.

- É um obsessivo do controlo. Gosta de ter tudo organizado.

- Will! - Gritaram atrás de nós. Virámo-nos para ver de quem se tratava.

- Daniel! - Deram um efusivo abraço, não sabia que estes dois se davam tão bem - Daniel, estas são as minhas amigas, Sam e...

- E a rapariga desastrada - Terminou Daniel. Então caí na realidade. Ele era o rapaz com que havia chocado ontem na universidade.

- Prefiro que me chames Diane - Digo com um sorriso um pouco falso.

- Chamarei o teu nome quando pedires desculpa - Desafiou

- Não vou desculpar-me por  algo que não tenho culpa.

- Desculpem, o que é que estamos a perder, vocês os dois conhecem-se? Porque se não me engano nunca vos vi a dirigir uma palavra um ao outro - Perguntou Sam confusa.

- Ontem choquei com a desajeitada da tua amiga e ela caiu no chão. Ofereci-lhe ajuda para se levantar mas como parva de mer...

- Cuidado com o que dizes - Adverti.

Num abrir e fechar de olhos o seu corpo estava pegado ao meu. Os dedos da sua mão cravaram-se na minha cintura enquanto que com a outra mão afastou o cabelo da minha orelha, notei a respiração antes de ele falar.

- Parva de merda - Sussurrou. Por razões que desconheço um agradável calafrio atravessou o meu corpo dos pés à cabeça. Separou-se e observou-me com um sorriso triunfante, apesar da escassez de luz que havia dentro do lugar seguramente tinha notado a cor rosada das minhas bochechas. Maldito cabrão. - Desfrutem da festa, meninos - Diz para os três antes de ir embora e perder-se pela multidão.

- O que foi isto? - Sam encontrava-se tão desconcertada como eu. E jurava que Will se tenha sentido mal por ver Daniel tão próximo de mim.

Sim, a noite ia ser muito longa

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Hello!

Espero que tenham gostado. Agora a fic não tem muita ação entre Louis e Diane mas é normal, entretanto voltará tudo como estava - ou não :P 

Espero que tenham gostado.

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Beijinhos <3

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