Capítulo Dezasseis

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Maratona (1/3)

Não tinha conseguido chegar ao orgasmo. Estava com tanta ansiedade sexual que quase podia subir ás paredes. Tinha-me deixado a desejar por mais. E tudo isto por uma estúpida "norma" do jogo: Não gemer. A quem é que isso era capaz de resultar? Era impossível não gemer com as ondas de prazer que ele me estava a provocar.

- Estás divertido? - Pergunto chateada por ver Louis ainda a sorrir

Levantei-me da cama e peguei nas cuecas que estavam no chão, para as vestir.

- Não fiques chateada - Aproximou-se de mim e virei-me para o encarar - Eu avisei-te antes de começar. Gemeste e eu parei - Encolheu os ombros.

- Não estou chateada - Dei meia volta e caminhei até à porta do quarto para poder ir para a casa de banho. Precisava de um duche de água fria para que isto me passasse.

- Espera.

- O que é?

Caminhou lentamente até mim com o seu típico sorriso malicioso. Retrocedi dois passos até que a porta me impediu de avançar mais. Pegou-me pela cintura e beijou-me, um beijo cheio de desejo. Pressionou o seu corpo contra o meu, deixando-me encorralada entre ele e a porta.

- Tenho pena - Junto as nossas testas e olhou-me - Vou terminar o que começei

O moreno apressou-se a meter uma das suas mãos dentro das minhas cuecas e eu engasguei-me.

Capturou os meus lábios novamente. Beijava-me com uma força e violência extrema enquanto fazia movimentos circulares sobre a minha zona mais sensível.

Deixou de me beijar e atacou o meu pescoço com a sua  boca, chupando e mordiscando a pele.

Brincava com os seus dedos a roçar na minha entrada, odiava quando ele o fazia.

- Fá-lo logo - Supliquei num fio de voz.

- O quê, Diana? - Perguntou gozão ao meu ouvido. - Isto? - Introduziu com força dois dedos em mim. Inundei o quarto com um grito de satisfação. Louis riu ao meu ouvido.

Os seus dedos moviam-se dentro e fora de mim com rapidez. Procurei a sua boca com um imenso desespero.

A sua lingua abriu caminho entre os meus lábios para se reencontrar com a minha. Os meus gemidos fundiam-se na sua boca. Senti-me próxima do clímax.

Uma música interrompeu o meu momento.

Louis deteve-se e parou os movimentos para olhar para baixo, a música provinha das suas calças.

- Seja quem seja a pessoa que está a ligar, não podia ter sido mais inoportuna - O moreno ri e eu fiz o mesmo.

- Não atendas - Pedi

- Não vou - Assegurou.

Voltou ao seu trabalho e quando estava prestes a escorrer pelos seus dedos, a maldita melodia voltou a soar.

- Fodasse - Queixei-me.

- Ignora.

Os movimentos dos seus dedos eram cada vez mais rápidos e fortes. Eu tremia tanto das minhas pernas que tive que me agarrar aos seus ombros para não perder o equilíbrio e caír em pleno chão.

Por fim, depois de uns segundos, cheguei ao tão esperado orgasmo.

Fiquei abraçada a Louis até que recuperei a energia suficiente para conseguir aguentar-me nas minhas pernas.

- E agora... - Pegou na minha mão direita e pousou-a sobre a sua grande ereção que crescia dentro das suas calças - Quem me vai ajudar com isto? - Sorriu. 

Eu acariciei a sua coxa e ele engasgou-se. Eu adoro este som... O que não gosto tanto de ouvir é o som que emite o seu telemóvel, o qual, voltava a tocar pela terceira vez - Vou acabar por retirar o telemóvel - Diz e eu ri-me

- Será melhor que atendas - O moreno assentiu e retirou o telemóvel do seu bolso de trás.

A sua cara ficou pálida no instante e que olhou o pequeno ecrã do telemóvel.

- Eu... Desculpa mas tenho que ir - Diz-me frio.

- Porquê?

- Vejo-te amanhã, está bem? - Ignorou a minha pergunta e inclinou-se para beijar-me mas eu afastei-me.

- É ela, não é? A Eleanor? - A sua mandíbula ficou tensa. Isto foi como se me cravassem o coração.

Não o vou negar, de alguma forma estava com inveja dela. Mas não a odiava. A quem odiava era a mim mesma, e sobre todos estes momento em que voltava ao mundo real e dava-me conta que a terceira pessoa aqui, sou eu.

Estava a ser difícil isto de ser "a outra". Tinha pena da Eleanor.

E Louis... Eu também o odeio, de um modo distinto, mas odeio-o. Estava a brincar com duas mulheres. Estava a brincar comigo. Por acaso sou alguma marioneta?

- Está bem... Não se passa nada. E bom, mesmo que se passasse, não tenho o direito de ficar chateada, suponho... - Encolhi os ombros e sorri fracamente, na tentativa de demonstrar que estava bem, ainda que não estivesse.

Imitou o meu pequeno sorriso e inclinou-se outra vez para me beijar. Como num ato de reflexo, virei a cara no último segundo e o moreno acabou por depositar um beijo na minha bochecha. Suspirou.

- Adeus - Diz somente e sai do quarto.

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Hello!

Este é o primeito capítulo da maratona, os outros dois vou postar mais tarde.

Obrigada por votarem, comentarem e por lerem, tanto eu como a autora agradeçemos <3

Beijinhos <3

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