Capítulo Sessenta e Sete

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Louis POV

Estava acordado, mas continuava com os olhos fechados. As minhas pálpebras pesavam. A cabeça doía-me demasiado, como se algo ou alguém a estivesse a pressionar.

A rigidez do colchão onde estava deitado fez-me aperceber que aquela não era a minha cama.

O meu corpo sentia-se frágil e fraco. Tinha medo de fazer um movimento mais brusco e aleijar-me.

Ouvia algumas vozes a murmurar e alguém a chorar.

Onde é que eu estava?

Abri os olhos lentamente. Assustei-me. Reagi como quem acaba de acordar de um pesadelo agoniante, impulsionei o meu corpo para trás para ficar mais levantado, cravando os cotovelos no colchão duro e sustive parte do meu peso nos braços.

Estava num quarto de hospital. O que é que estava aqui a fazer?

- Louis! - Apenas me deu tempo de reconhecer a pessoa que se abraçou a mim - Graças a Deus que estás bem. - Soluçou.

- Mãe, o que estás aqui a fazer?

- Vim assim que o Paul me ligou a dizer que estavas no hospital. - Passou um lenço pelas suas bochechas, secando as lágrimas. Assoou o nariz. - Deste-me um susto de morte. - Queixou-se.

Liam, Harry, Niall e Zayn também estavam no quarto. Quiseram saber como é que eu estava, se me doía alguma coisa ou se me lembrava de alguma coisa.

- Louis Tomlinson? -  A voz profunda e rouca do doutor chamou a nossa atenção.

- Sou eu. - O homem olhou para mim, para olhar logo depois para o papel que tinha na mão e caminhou até mim.

- Como estás, rapaz? - Perguntou, colocando a mão por cima do meu ombro.

- Não muito bem. - Fiz uma cara de desgosto. - O que me aconteceu? Apenas me lembro que estava com falta de ar, fiquei tonto e caí. 

- Tiveste uma quebra de tensão. - Levantei as sobrancelhas, fazendo-o entender que não percebi. - A tua pressão sanguínea era mais baixa do que o normal e isso provocou as tonturas, falta de ar e o desmaio. Normalmente as pessoas recuperam-se de forma espontânea, sem necessidade de intervenção médica e em poucos minutos, mas como caíste no chão e bateste com cabeça ficaste inconsciente. Por isso tiveste que ser internado.

- E porque é que tive uma quebra de tensão? Nunca tinha tido uma.

- Pode ter sido o stress. Se ultimamente tens estado sob muita pressão ou tens vivido momentos que te possam ter alterado é fácil que aconteça algo como isto. - Bem, tenho tido algum stress ultimamente.

 - E já está bem? Pode voltar a casa hoje? - A minha mãe perguntou.

- Vamos ter o Louis sob observação mais algumas horas e faremos mais alguns exames para nos certificarmos que não ficou com sequelas da queda mas sim, pode regressar a casa hoje mesmo. - O doutor sorriu, denunciando as poucas rugas da sua cara.

- Obrigada Doutor. - A minha mãe quase volta a chorar, mas agora de alegria. O homem curvou os lábios.

- Tenho que ir ver mais pacientes. Virá uma enfermeira para te fazer umas análises. - Informou e eu assenti. 

Quando este abandonou a sala, ao abrir a porta, pude ver Paul e Eleanor do lado de fora do quarto, a falar. Ela tinha os braços cruzados e mordia fortemente os lábios, numa tentativa de não chorar. Paulo acariciava os seus antebraços e dizia-lhe algo que a fazia mover a cabeça de forma negativa. Então Eleanor deu-se conta que os observava. Apenas mantive o olhar um segundo. Desfez-se em lágrimas.

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