Capítulo Vinte e Oito

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Desenho artístico era a próxima e última aula do dia, o que significava que Will estava com Sam e comigo na mesma aula.

Will...

Era praticamente impossível querer parar as pequenas descargas elétricas que se enviavam através de todo o meu corpo quando recordava inconscientemente as palavras de Will esta manhã.

Tinha-me proposto ter sexo com ele durante a festa. E não minto quando digo que uma pequena parte de mim desejava-o com furor, antes de tudo, tinha as minhas necessidades como adolescente puramente hormonal que sou. Para mim, estas duas semanas tinham sido as piores, não via mal em apanhar uma lufada de ar fresco. Levava quatorze dias e Louis não estava aqui para sufocar o meu fogo interno.

- Outra vez a sonhar acordada? - A sua voz áspera interrompeu os meus pensamentos.

Pestanejei e abandonei o meu pequeno mundo. Estava dentro da sala de aula de desenho e eu não me tinha dado conta.

- Já me conheces - Inclinei um sorriso e sentei-me primeiro - Passo o dia a pensar.

- E no que pensas?

- Coisas - Digo sem mais.

- Coisas como a proposta que te fiz esta manhã - Deu-me um olhar travesso, um olhar que me enviou para a morgue.

- Pois - Cortei a nossa coneção visual e centrei a minha visão na porta, rogando para que Sam aparecesse para poder dar fim a esta conversa com o Will.

- Pois? Por acaso há alguma possibilidade de que me digas que não?

- Sim - Optei por não fazer frases, não queria acabar a dizer algo inapropriado.

- Ane... - Chamou. Ane... Desta maneira apenas ele me chamava... - Olha para mim - Pediu. Fiz o que ele indicou - Sabes que me dirás que sim. Eu mesmo me encarregarei disso. Ninguém me resiste nem aos meus métodos - Travei a saliva. Métodos?

- És demasiado orgulhoso de ti - Cravei os meus olhos na porta de novo.

- Suponho que isso não seja um problema para ti? - Sorriu

- Não, mas para ti sim. Posso dar uma tampa ao teu estúpido orgulho e não fico contigo - Sorri aliviada por ver Sam entrar.

- Depois veremos, bebé - Murmurou roçando a minha orelha com os seus lábios, fazendo-me tremer no sítio.

- Olá, meninos - Saudou Sam sentando-se ao meu lado. Lhe devolvemos a saudação e o professor entrou nesse mesmo instante.

- Sam - Sussurrei - Podemos falar à saída?

- Afinal já te decidis-te se me contas o que se passa? - Assenti - Ainda bem.

Quando reparei nas horas a aula tinha terminado. Não prestei atenção absolutamente a nada durante toda a hora. Dediquei-me a preparar mentalmente o que iria dizer a Samantha. Devia escolher as palavras com cautela se queria que ela acreditasse na minha pequena mentira. Ainda que apenas ia mudar um pouco a verdadeira versão dos acontecimentos, assim não estaria a mentir de todo na realidade.

Nervosa? Precisava de ter motivos para o estar. A minha amiga - e com desculpa - era uma pessoa que dramatizava muito, acreditava em tudo o que lhe dizia sem tirar nem por. Podia contar-lhe qualquer coisa e ela, com toda a certeza, aceitaria o que lhe contava e não dizia o contrário.

- Meninas - Chamou o Will - Parece-vos bem se passar para vos buscar pelas nova para irmos para a festa?

- Sim, por nós está perfeito - Diz Sam

- Perfeito. ENtão, até amanhã - Will sorriu e piscou-me um olho antes de ir embora.

- Bom, vais contar-me? - Perguntou a intrometida e impaciente da minha amiga.

- Quando chegarmos a casa

- Porque não agora? - Ignorei a sua pergunta e começei a caminahr

                                                  ***

- Resumindo, o rapaz que vinha aí a casa, tem namorada. E eu não posso saber quem é o rapazito porque conheço a sua namorada e ele não quer que vá dar com a lingua nos dentes - Arqueou uma sobralceha e olhou-me curiosa.

- Sim, mais ou menos isso... - Baixei a cabeça lançando um grande suspiro.

Ao contar o meu pequeno segreto em voz alta dei-me conta de várias coisas. Coisas as quais não me sentia muito orgulhosa.

- E o que vais fazer? Vais seguir em frente com esta espécie de relação?

- Sim...

- Estás caída por esse rapaz, verdade?

- Até à medula - E o pior é que ele não sente o mesmo.

- Admiro-te muito, Diane. - Respondeu - Eu não seria capaz de o fazer, por muito que gostasse desse rapaz. Os triângulos amorosos dão problemas - Eu já tinha problemas desde o princípio.

- Achas que sou uma puta por dormir com um rapaz que tem parceira? - Perguntei a medo.

- Se vou ser sincera, sim, um pouco. Mas ele não te fica atrás... Queres um conselho? - Olhei-a à espera que falasse - Ele não quer deixar a sua namorada mas tão pouco parece que quer deixar de ver-se contigo. O que tens é fácil, vinga-te. Paga-lhe na mesma moeda. Procura outro rapaz com que ele fique para trás. Mostra-lhe o que dói ser o segundo prato.

- Isso é vulgar e infantil

- Demasiado, mas não tens outra opção. Os rapazes são muito básicos, como animais, gostam de marcar o território e quando vêm que vão perder algo é quando mais se aplicam. Apostava o que fosse que ele se te visse nos braços de outro morria de ciúmes e faria o que fosse para te ter em excluviso. Além disso, não tens que matar-te à procura de outro rapaz ideal com que possas pôr o plano em marcha, tu já o tens...

- Não pensas em...

- Will, sim. Vamos, tu também já te deste conta, está quase em fumo por estar entre as tuas pernas.

- Se calhar tens razão, e eu não me importava nada de dormir com ele, mas isso iria ser usá-lo...

- É impossível. Aplica-te nisso dos rapazes e começa a pensar mais com o que está entre as pernas e menos com a cabeça, vais sair a ganhar. - Levantou-se do sofá - E agora vamos comprar-te um vestido curto. Amanhã Will vai cair aos teus pés. - Riu sádica, fazendo-me rir a mim também. A sua mente perversa podia ser fantástica as vezes.

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Hello!

Wow, esta última conversa foi tensa, mas elas gostaram. Qual é a imagem que têm da Diane? Em termos de pessoa, não fisicamente :P 

Desculpem a demora, estou bastante ocupada e por isso irei demorar um pouco a fazer os update mas dentro de 2/3 capítulos a ação vai começar :3 

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Beijinhos <3

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